domingo, 23 de setembro de 2007

[eh] 03

[vinho]
Vou relatar a minha incrível visita à uma das 10 melhores (bem, pelo menos na época – julho/2005) vinícolas do mundo, a “Concha Y Toro” localizada no Chile.
Como havíamos (um grupo de 45 estudantes, aqui da Newton Paiva) fazer um estágio internacional no Complexo de esqui e neve, Valle Nevado no Chile, ganhamos este maravilhoso “regalo” (presente) pois estávamos todos cansados de trabalhar sem parar cerca de 13 dias, mais de 8 horas por dia, à muitos metros de altitude, com o ar rarefeito, e já com saudades da comida brasileira (o bom feijão com arroz, pois ficamos nossa viagem quase toda sem ver esse delicioso grão, o feijão, que hoje, dou o maior valor...rs) e da família.
Nos disseram que íamos dar um passeio em Santiago para visitar uma vinícola de muito sucesso (já estávamos nos familiarizando muito com vinhos), pois como todos sabem, o Chile é um grande produtor de vinhos e no Valle Nevado tinham bastante degustações, cursos para funcionários (foi assim que aprendi a abrir um vinho de maneira correta e na frente do cliente. É difícil, mas quando se pega o jeito, queria fazer sempre) e exposições de diversas vinícolas.
Só de sair daquela rotina (não é que estava ruim, mas cansa) e ver pessoas novas e outros lugares (pois assim que chegamos do Brasil, fomos direto para o Complexo e ainda não conhecíamos nada daquele lindo país) já seria um bom lucro. Hoje, sinceramente, posso dizer que foi o lugar mais bonito que já fui na vida. Sei que lá é lindo e tal, só que o clima, a vegetação, tudo remetia a um ar mais bonito, elegante, parecia que estava na Europa. À todo momento, caminhava pelos belos “pasillos” e dizia, “Meu Deus, eu não estou na América do Sul, próximo ao Brasil...” Um funcionário chileno chamado Miguel, foi o nosso guia pelos belos caminhos da vinícola onde passamos pelo parque do Casarão de Don Melchor (há uma história sobre esse cidadão mas não me lembro agora, sei que é o nome de um dos melhores vinhos desta “viña”) e suas antigas bodegas, na qual se destaca a do “Casillero Del Diablo” (um dos vinhos mais consumidos no Chile, pelo menos no restaurante que trabalhava como garçonete.) Era um vinho de qualidade, produzido com quase todos os tipos de uvas – Merlot, Cabernet Sauvignon, Chardonay, Carmenere, etc, e de valor mais econômico.
Creio eu, que o Casillero del Diablo, é a menina dos olhos da Concha Y Toro, pois, há uma lenda que nos é contada durante a visita (há uma gravação, com uma voz sinistra que nos dá um “certo medinho”, apesar de parecer novela mexicana) e eles tratam um carinho ao falar desta marca, que acabei constatando isso.
Depois de uma longo passeio e degustação de 3 vinhos durante o percurso (agente ganha ainda a taça com a logo da vinícola) e depois de ouvirmos a incrível lenda do diabo prisioneiro, o chileno que melhor pronunciava as palavras, que havia conhecido até o momento, o educado Miguel, (pois o espanhol que os chilenos falam é tão rápido, que tínhamos que fazer um esforço danado pra entender alguma coisa, o que não era o caso deste nativo) nos despede da gente e abre uma porta no estilo medieval para a “loja” da vinícola que estava lotada de brasileiros comprando, comprando e comprando, ou seja, o marketing deles é muito planejado e bem feito. Eles nos encantam e depois nos fisgam.
A vinícola é exuberante, os funcionários, muito simpáticos, não queria ir embora daquele lugar nunca, na realidade, gostaria mesmo é de trabalhar em um lugar tão agradável e profissional como esse. E olha que nem sou fã de vinhos (afff... tentei de todas as formas ser uma pessoa mais chique e gostar de vinhos, mas constatei que vinho não é a minha praia, a menos que seja para eu me realizar profissionalmente).

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