segunda-feira, 24 de setembro de 2007

[doc-m] vivian [bonitinho]

A aula do dia 14/09 teve início com a apresentação dos alunos Bruno Paiva e Inês Mattar.
Logo depois o professor passou uma parte do filme: Amarcord. Autor: Federico Fellini.

É um filme com momentos poéticos, irônicos, plenos de sensibilidade e com uma alegria comedida.
“Amarcord” é o "eu me lembro" de Federico Fellini, recordação/reinvenção, entre a fantasia e a realidade, da adolescência do mestre italiano, retrato irônico e carnavalesco da Itália provinciana dos anos 30 na iminência da II Grande Guerra. Numa pequena vila na costa do Adriático, Titta é um jovem que cresce sufocado pelo ensino católico, pela ordem fascista e por uma atmosfera familiar opressiva. Entre o sonho e a realidade. Titta vai vivendo uma série de momentos que ficarão, para sempre, como recordações indeléveis: a passagem do transatlântico Rex, o rali das Mil Milhas, a morte da mãe, etc.
"Amarcord" não tem história linear, com começo, meio e fim. Mais do que isso: além de fragmentada, a narrativa nem sempre é realista, pois está baseada em lembranças esparsas, imaginações, sonhos. "Amarcord" não tem mocinhos nem bandidos. Mais do que isso: o personagem principal, um adolescente chamado Titta, não está envolvido em nenhuma ação espetacular, a não ser que consideremos sua incursão entre os seios enormes da bilheteira uma ação espetacular. "Amarcord" não segue a cartilha do cinema americano. Segue a cartilha de Fellini.
Em contrapartida, "Amarcord" tem uma coleção completa de signos cinematográficos da mais alta qualidade. Tem um roteiro que "amarra" a trajetória de Titta com total segurança, criando nexos entre as cenas e dando a cada novo personagem (e são muitos) uma significação única e sempre forte. A mulher mais gostosa da cidade ("La Gradisca"), o vendedor ambulante, o acordeonista cego, a imensa charuteira, a freira anã, todos eles, mesmo com pouco tempo na tela, estão vivos, palpitantes, verdadeiros. Os roteiristas Tonino Guerra e Fellini sabiam que simplesmente listar lembranças não seria suficiente: era preciso criar um encadeamento lógico, em que a passagem do transatlântico funciona como um clímax, um orgasmo coletivo dos habitantes da pequena vila costeira.
"Amarcord" também tem uma das mais belas trilhas da história do cinema. Todas as músicas, além de apoiarem a imagem com total eficiência, funcionam independente do filme. E isso é muito raro, quase inexistente. "Amarcord" também tem fotografia inspirada, montagem sensível, direção de arte irrepreensível.
À primeira vista, é um filme simples, quase singelo, mas, na verdade, é um concerto sinfônico, em que cada um dos instrumentos cumpre modestamente seu papel. É a soma de todos esses timbres que fornece a essência mágica do produto final. Finalmente, não dá pra esquecer que "Amarcord", ao mesmo tempo que é um filme intimista, sobre um garoto que descobre a si mesmo, também é um filme político, sobre a Itália fascista, sobre a alienação de um povo, sobre a preguiça latina, sobre a acomodação dos seres humanos a regras estúpidas, formuladas por seres humanos igualmente estúpidos, mas muito poderosos, capazes de criar os eficientes signos fascistas e gerar líderes monstruosos como Mussolini.
"Amarcord" não será esquecido jamais, nunca sairá de moda, nunca parecerá velho (o que aconteceu com "Oito e meio", por exemplo). Eu lembro de "Amarcord". Eu lembro daquela sessão do cinema Vogue. Eu lembro que os seres humanos são capazes de criar emoção com pedaços de plástico e sal de prata. E gerar artistas geniais como Fellini. Amarcord (1973) Duração: 127 minutos. Direção: Federico Fellini. Roteiro: Tonino Guerra e Federico Fellini. Fotografia: Giuseppe Rotunno. Música: Nino Rota. Produção: F.C.Produzione (Roma) e PECF (Paris). Elenco: Bruno Zanin (Titta), Pupella Maggio (sua mãe), Armando Brancia (seu pai), Nando Orfei, Ciccio Ingrassia, Magali Noel. Oscar de melhor filme estrangeiro.

Biografia

FEDERICO FELLINI (1920-1993)
Fellini nasceu em 1920, em Rimini, pequena cidade litorânea da Itália. Começou como jornalista em Florença, na revista de humor "Marc Aurelio", demonstrando ser excelente desenhista e caricaturista. Logo depois, passou a escrever pequenos roteiros e piadas para comediantes. Seus mestres no cinema foram Rossellini, para quem trabalhou em vários projetos (inclusive "Roma, cidade aberta" e "Paisà"), adquirindo conhecimento da mecânica da produção audiovisual, e Lattuada, com quem co-dirigiu seu primeiro filme. A inspiração neo-realista é evidente na primeira fase de suas obras, com muitos personagens populares, de fácil identificação e grande carga emocional. Pouco a pouco, contudo, a imaginação de Fellini foi superando seu compromisso com a realidade. Em "Oito e meio" já estão presentes o sonho, a fantasia e o grotesco, que formariam a matéria-prima de sua carreira.
Fellini escrevia roteiros, mas sempre a contragosto. Dizia que era uma pena transformar em palavras o que, na verdade, deveria ser transportado diretamente da sua imaginação para o filme. Gostava de improvisar, de trabalhar com não-atores e de não planejar muito sistematicamente sua rotina de trabalho. Sabia cercar-se de outros grandes talentos, que enriqueciam os filmes e davam um suporte seguro para suas "pirações": Giulietta Masina (atriz), Marcello Mastroianni (ator), Nino Rotta (músico), Tonino Guerra (roteirista). Apesar de, em alguns filmes (principalmente em sua obra-prima "Amarcord" e no feroz "Ensaio de Orquestra") abordar temas políticos, Fellini não se sentia à vontade com cobranças ideológicas: "Minha natureza não é política; e o discurso político me confunde na maioria das vezes. Não o compreendo. Mas confesso isso como uma fraqueza, como uma de minhas carências."
Poucos diretores de cinema conseguiram marcar tão claramente seu estilo, a ponto de virar adjetivo. Dizer que tal filme ou tal personagem é "felliniano" significa identificá-lo com a estética ao mesmo tempo barroca e popular de seus trabalhos das décadas de 60 e 70, em que o exagero e a predileção pelo inusitado conduzem, na verdade, a uma reflexão séria - e muitas vezes cruel - sobre o cotidiano de seres humanos frágeis e anônimos. Em seus melhores filmes, como "Os boas vidas", "Julieta dos espíritos", "A doce vida", "Amarcord" e "La nave va", Fellini demonstra que o cinema pode ser absolutamente autoral sem perder sua universalidade.

Frederico Canuto
rofessor interessado no estudo, análise e produção de teoria, história e crítica urbana, de 30 anos, nascido em Belo Horizonte. Contou sua experiência em uma viagem a Recife. Na qual criticou o fato de viajar para apenas sentar e ver o tempo passar ou assistir coreografias perfeitas de uma infra-estrutura produtiva cujas engrenagens perfeitamente montadas expelem qualquer possibilidade do fortuito, do acaso, do erro.
Com o objetivo de fazer e mover-se em direção a outros lugares que desconhecia, viajou para Recife com o intuito de ajudar no ajardinamento do mundo.
Chegando a Recife, não podia deixar de experimentar os quitutes nordestinos como: cuzcuz, macaxeira, inhame, carne de sol ao molho bolonhesa, entre outros.
No dia seguinte Frederico pulou na carroceria do caminhão velho azul de Fernando e foi a Engenho do Meio, um bairro de recife. Plantar no solo duro das ruas transversais às grandes avenidas asfaltadas e de trânsito rápido do bairro, mudas de diversas árvores.
Foi convidado, depois de conhecer uma pessoa, dono de um caminhão que iria ajudar a plantar árvores na rua, há três horas atrás, à ir em sua casa, conhecer sua família e filhos já grandes e que moram fora. Proximidade que não tem seu bairro, em sua rua, ou com poucos amigos, mas que ali pareciam imanente à voz arrastada, delicada, acolhida dos recifenses.
No último dia de sua viagem, Frederico passeou pela praia de boa viagem, nadou em um recife de corais, que fazia anos que não experimentava.
Foi a exposições numa galeria do banco real e numa outra, de fotografias. Conversou andando pelas ruas, comprou quadros de basquiat de um pintor de uma feira que se tornou pintor depois de um curso de extensão no senac.
Assim retornando para sua cidade, trazendo consigo todas as lembranças e recordações de sua viagem.
Dando continuidade a aula, o professor pediu para contar uma história, podendo ser verdadeira ou não, usando os recursos de textos trazidos pelos alunos, tesoura e cola. Na qual deveria ser escolhido uma das palavras chave para desenvolver a história. As palavras chave eram: Biboquê, sonho, vinho, chapinha de cabelo ou peixe grande.
Dando encerramento a aula o professor passou a palavra chave de discussão da próxima aula. (Bonitinho), que de tudo o que estudamos se faz referência a alguns temas importantes, como história, passado, experiência, etc.. A palavra bonitinho apareceu em meio a uma apresentação da aluna Valéria, expondo sobre uma experiência vivida no seu passado, onde ela mostrou um imagem de um bebe, que foi recortada de uma revista, com a intenção de personalizar sua história. Nesse momento o impacto da foto se juntou com a imagem feita ou criada na mente pela história que estava sendo contada. O objetivo dessa ligação da imagem com o acontecimento é apreender da experiência das gerações, a partir das vivências anteriormente relatadas ou atualmente vividas e compartilhadas através de histórias ou casos.
Logo após, começaram a serem ouvidas várias histórias sobre diferentes experiências dos alunos, onde podemos aprender um pouco sobre a maioria das pessoas que tomam como certa a frase “a experiência é a melhor professora”. De fato, se você refletir sobre seu passado, sem dúvida, vai mostra que a experiência lhe trouxe lições inestimáveis.

Notícias
http://blog.estadao.com.br/blog/carranca/?title=pequeno_grande_mundo&more=1&c=1&tb=1&pb=1
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/julho2006/ju329pag11.html
http://www.plenarinho.gov.br/noticias/reportagem-especial/presidentes-do-parlamento-jovem-visitam-camara
http://www.overmundo.com.br/overblog/capitulo-2-o-metodo-cheio-de-experiencias
http://www.comciencia.br/reportagens/memoria/14.shtml

Sites
http://www.etapas.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=54&Itemid=1
http://www.portalsbgc.org.br/sbgc/foruns/printable.asp?m=954
http://www.klepsidra.net/klepsidra12/foucault.html
http://noticias.uol.com.br/inter/efe/2004/01/26/ult1766u1362.jhtm
http://library.unesco-iicba.org/Portuguese/Math_Serie/Math_pages/Artigos/Ensino_e_Aprendizagem_de_Forma_Criativa.htm

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