segunda-feira, 24 de setembro de 2007

[doc-m] sara [bonitinho]

A aula do dia 14/09 teve início com a apresentação dos alunos Bruno Paiva e Inês Mattar, onde houve uma discussão sobre experiências; foi colocado que a experiência pode ser pura ou impura, bela ou feia. Segundo o dicionário, a palavra experiência tem o significado de ser um conjunto de percepções e reações físicas, cognitivas e emocionais que as pessoas experimentam quando vêem ou interagem com um produto ou sistema. Nos dias de hoje, as pessoas não tem mais um tempo para prestar atenção nas suas experiência, principalmente relacionadas com alguma história que tenha ouvido ou lido em algum lugar ou momento de suas vidas. No geral a população é estimulada 24 horas por dia por diversos fatos que não permitem que elas tenham a possibilidade ou percepção de coisas ou lugares . Nesse contexto entra a história do peixe-grande, “A história do filme é centrada num homem chamado Edward Bloom (Finney), cuja história é contada a partir do ponto de vista de seu filho, William (Crudup). O garoto pouco sabe sobre a verdadeira vida de seu pai, mas, usando a imaginação, ele começa a montar o quebra-cabeça preenchendo os vazios entre fatos reais e histórias fantásticas de proporções épicas que foram contadas para ele..” esse filme mostrou que para se contar uma “verdadeira” história, tem que ser bem devagar e não superficial pois dessa maneira perderá o sabor da sensação de adquirir uma experiência nova.
Ao percorrermos a trajetória das histórias contadas, refazemos um percurso da própria humanidade e da forma como esta vem se comunicando através dos tempos. Isto porque a tradição de contar histórias, ou a tradição oral ou ainda a literatura oral, como também é conhecida; é talvez tão antiga quanto à própria história dos seres humanos.
Pode-se perceber que no filme Amarcord mostra uma história fragmentada, com narrativa nem sempre realista, pois está baseada em lembranças esparsas, imaginações e sonhos. A cena em que vimos, foi à parte em que a comunidade se reúne em uma praça enorme, perto da igreja matriz, para comemorar a chegada da primavera, com uma grande fogueira no centro delas. Cada pessoa contribuía com algum objeto que pudesse colocar na fogueira para ser queimado e ao mesmo tempo manter o fogo acesso para que pudessem comemorar com muita alegria e festa. A história da festa da primavera é para eles uma recordação que seus antepassados deixaram como herança de uma cultura que esta sendo preservada através das experiências que eles obtém sempre que ocorre na passagem da estação inverno para a primavera.
Nunca devemos esquecer o passado, sobretudo para lembrar as coisas boas e evitar cometer às falhas.
E como no filme mostra, é importante recordar sempre das lembranças e experiências vividas e, sobretudo, aprender que temos de tirar o maior proveito e alegria na oportunidade que foi dado, e viver e conviver com as histórias do passado ou do presente como forma de adquirir um conhecimento maior,e crescimento sobre a vida.
Depois de termos discutidos sobre experiências, recordações, lembranças e primaveras, o professor Frederico, pediu que cada aluno fizesse um trabalho relatando uma experiência histórica, podendo ser própria, verdadeira ou não. Logo depois ele começou a interrogar a aluna Valéria pedindo para ela contar um caso onde pudesse escrever sobre uma experiência própria. Essa escreveu sobre uma aluna do 2° período, quando ela dava aula no primário. A Valeria começou a relacionar uma experiência do passado, que nesse caso foi sobre a Amanda, uma menina linda, de cabelos enormes e cacheados, branquinha e muito educada, segundo ela, nesse momento ela mostrou uma imagem de um bebe bem fofo, que tirou da revista para montar sua experiência no papel, quando os alunos virão, tiveram uma reação surpreendente. A aluna Graziele gritou lá do fundo “Ai que Bunitinho”, todos cairão na gargalhada, pois foi muito original. A Grazi relacionou uma foto qualquer tirada da revista com uma experiência narrada através de uma historia passada a muitos anos atrás com a Valéria.
Uma experiência que eu passei em um sábado destes foi quando fui ao cinema com minha irmã. Terminado o filme, caminhando para a área de alimentação do shopping, cruzamos com duas jovens, uma delas empurrando um carrinho com um bebê.
Elas se aproximaram de nós, e minha irmã, sorridente, disse- me que a moça que estava empurrando o carrinho era sua amiga, tinha sido sua professora de informática. Conversamos um pouco, brincamos com o bebê, e nos fomos.
Comentei com minha irmã: “Bonitinho o bebê da sua professora!”
Minha irmã sorriu e disse que sua professora era a avó, o bebê não era dela e sim da menina que estava ao lado, que é sua filha!
Surpreso, perguntei quantos anos ela tinha?!: quinze anos, respondeu minha irmã, teve o bebê com 14, resultado de uma “ficada” em uma dessas festinhas realizadas para tal fim! Obviamente é mãe solteira, não se sabe quem é o pai!
Ao saber disso, pensei imediatamente sobre o que tenho lido em reportagens, e no meu contato com essa realidade através de conversas com amigos e com adolescentes e jovens adultos. Nesse caso a palavra “bonitinho”, foi para caracterizar a formosura do bebe, mais ao mesmo tempo para remeter a imagem de uma situação negativa, onde o bebe bonitinho era filho de uma mãe que teve seu neném muito precocemente.
Logo após, começaram a ser ouvidas várias e várias histórias sobre diferentes experiências dos alunos. Uma delas foi do professor Frederico, onde ele expôs uma história de bastidor, como ele ingressou a Newton Paiva, como foi sua experiência perante a entrevista diante de uma pedagoga e de outras pessoas que compunham a banca, sobre seu passado como professor e outras peripécias. Contou sobre sua viagem a Recife, onde ele mais alguns amigos plantaram no meio fio, como forma de fazer algo diferente, e ao mesmo tempo adquirir uma experiência nova, que pudesse ficar marcada não só em sua memória, mais na historia da comunidade, pois ali nasce um novo projeto. Depois a Flávia contou a história do sonho de Priscila; A Grazi e a Andréia, contaram sua história incrível, emocionante, e aventureira sobre uma viagem que elas fizeram no carnaval passado para Diamantina. A Inês contou uma história de quando ela era bem pequena na casa de seus avôs, que estava relacionado à palavra-chave vinho. Onde este era o centro da experiência vivida por ela e seus primos, e mostrou que hoje em dia, não é a mesma coisa (de quando era criança), mais lhe resto uma lembrança positiva de um passado que sempre vai ser relembrado quando ela sentir o cheiro de vinho.

Biografia
Federico Fellini
Fellini nasceu em 1920, em Rimini, pequena cidade litorânea da Itália. Começou como jornalista em Florença, na revista de humor "Marc Aurelio", demonstrando ser excelente desenhista e caricaturista. Logo depois, passou a escrever pequenos roteiros e piadas para comediantes. Seus mestres no cinema foram Rossellini, para quem trabalhou em vários projetos (inclusive "Roma, cidade aberta" e "Paisà"), adquirindo conhecimento da mecânica da produção audiovisual, e Lattuada, com quem co-dirigiu seu primeiro filme.
A inspiração neo-realista é evidente na primeira fase de suas obras, com muitos personagens populares, de fácil identificação e grande carga emocional. Pouco a pouco, contudo, a imaginação de Fellini foi superando seu compromisso com a realidade. Em "Oito e meio" já estão presentes o sonho, a fantasia e o grotesco, que formariam a matéria-prima de sua carreira.
Fellini escrevia roteiros, mas sempre a contragosto. Dizia que era uma pena transformar em palavras o que, na verdade, deveria ser transportado diretamente da sua imaginação para o filme. Gostava de improvisar, de trabalhar com não-atores e de não planejar muito sistematicamente sua rotina de trabalho. Sabia cercar-se de outros grandes talentos, que enriqueciam os filmes e davam um suporte seguro para suas "pirações": Giulietta Masina (atriz), Marcello Mastroianni (ator), Nino Rotta (músico), Tonino Guerra (roteirista).
Apesar de, em alguns filmes (principalmente em sua obra-prima "Amarcord" e no feroz "Ensaio de Orquestra") abordar temas políticos, Fellini não se sentia à vontade com cobranças ideológicas: "Minha natureza não é política; e o discurso político me confunde na maioria das vezes. Não o compreendo. Mas confesso isso como uma fraqueza, como uma de minhas carências."
Poucos diretores de cinema conseguiram marcar tão claramente seu estilo, a ponto de virar adjetivo. Dizer que tal filme ou tal personagem é "felliniano" significa identificá-lo com a estética ao mesmo tempo barroca e popular de seus trabalhos das décadas de 60 e 70, em que o exagero e a predileção pelo inusitado conduzem, na verdade, a uma reflexão séria - e muitas vezes cruel - sobre o cotidiano de seres humanos frágeis e anônimos. Em seus melhores filmes, como "Os boas vidas", "Julieta dos espíritos", "A doce vida", "Amarcord" e "La nave va", Fellini demonstra que o cinema pode ser absolutamente autoral sem perder sua universalidade.

Sites
http:
//www.gmoura.com/blog/2007/07/criar-experincias-como-contar-estrias.html
http://www.ppghis.ifcs.ufrj.br/media/topoi5a2.pdf
http://cooperativas.sarava.org/node/23
http://www.planetanews.com/produto/L/48295/historia-cultural--experiencias-de-pesquisa-sandra-jatahy-pesavento.html
http://www.etapas.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=54&Itemid=1

Notícias
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=921
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=771
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=926
http://www.chabad.org.br/datas/pessach/artigos/experiencia.html
http://www.escritoriodehistorias.com.br/memoria_empresarial_texto_caminhos.htm

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