sexta-feira, 14 de setembro de 2007

[doc-m] frank [peixe grande]

A aula do dia 17/08/07 começou com a leitura dos documentários referente a aula do dia 10/07 pelas alunas Fernanda Frecanni, Vanessa Borges, Carolina Inês e Meire (sorry Meire mas eu esqueci seu sobrenome).
Após a leitura o professor avaliou a apresentação e aproveitou a oportunidade para tirar dúvidas quanto a confecção dos documentários (como deve ser feito, de que forma, para onde enviar, etc).
Em seguida deu continuidade à aula com a leitura da introdução do livro “Aqui Está Nova York” de autoria de E. B. White, cuja introdução fora escrita por Roger Angell;
E. B. White o autor do livro “Aqui esta Nova York” é um escritor várias vezes premiado, cujos livros e artigos são lidos e venerados em todo o mundo. Nascido Elwyn Brooks White, em 1899, em Mt. Vernon, Nova York, White se formou na classe de 1921 da universidade de Cornell. Ele trabalhou como repórter e copiador de anúncios até entrar para a The New Yorker Magazine, em 1926, onde escreveu artigos editoriais. White contribuiu para a seção 'Notas e Comentários' da revista de 1927 a 1976. White também escreveu para a revista Harper's, cujos textos foram reunidos em 1942 no livro "One Man's Meat,"
Entre os vários livros de White destacam-se "The Lady is Cold" (uma coleção de poemas), "Is Sex Necessary?" (em colaboração com James Thurber), "The Wild Flag," "The Second Tree From the Corner," "The Points of My Compass," "Essays of E.B. White," "Poems and Sketches of E.B. White," "Here Is New York”, "Writings From The New Yorker" e "The Elements of Style",
White escreveu três livros infantis: "Stuart Little" foi o primeiro, em 1945, seguido por “Charlotte's Web" em 1952 (no Brasil conhecido como “A Menina e o Porquinho) e "The Trumpet of the Swan", em 1970. "Stuart Little," ilustrado por Garth Williams, permanece sendo um de seus livros mais populares e adorados.
E.B. White morreu em 1º de outubro de 1985, em North Brooklin, estado de Maine, EUA. Ele recebeu a medalha de ouro por seus artigos e críticas pelo Instituto Nacional de Artes e Literatura (National Institute of Arts and Letters). Ele foi também reconhecido com um prêmio Pulitzer (o Oscar do Jornalismo e Literatura) pelo conjunto de sua obra em 17 de abril de 1978. White graduou-se em sete faculdades e universidades norte-americanas e foi membro da Academia Americana (American Academy).

[Frase de White “Nos dias em que o coração humano mais precisa de calor, a cozinha é o lugar certo: seca a meia molhada, esfria a cabeça quente”. Fonte :www.paralerepensar.com.br/e.htm ]

Roger Angell o autor da indrotução do livro “Aqui Está Nova York”, nasceu em 19 de Setembro de 1920 em Nova York , é um importante escritor norte americano, que gastou a maior parte da sua carreira como editor de ficção e contribuidor regular da revista The New Yoker. Ele escreveu diversos artigos memoráveis sobre baseball assim como inúmeras ficções e peças críticas. Angell é chamado de “o melhor escritor de baseball de todos os tempos” pelo seu estilo inteligente de prosa.
Angell é filho da editora e autora Katharine Sergeant Angell White e filho adotivo do renomado escritor E.B. White (autor do livro Aqui Esta Nova York), que influenciara diretamente na sua escrita.
Angell começou escrevendo pequenas ficções e narrativas pessoais. Seu primeiro trabalho profissional a respeito do baseball foi em 1962, quando ele foi convidado pela revista The New York na época que seus pais eram editores para viajar para a Flórida para escrever sobre o treinamento da primavera. Desde então ele tem traduzido toda a sua paixão pelo baseball nos seus artigos, a maioria originalmente publicada na revista The New Yorker, onde trabalhou como editor desde 1956. Muitos desses artigos foram publicados e aclamado pelos críticos como best-sellers como é o caso de: “The Summer Game”, “Five Seasons”, “Season Ticket”, “Once More Around the Park”, “Game Time” e “Let me Finish”.

A introdução feita por Roger Angell no livro “Aqui esta Nova York” foi inserida nas edições a partir do ano 1999 e nela ele conta como foi o processo que levara White a escrever o livro e a sua percepção sobre a Nova York da década de 20 quando o autor ainda aspirante a escritor iniciou sua carreira. Roger relata que, escrever o livro sobre Nova York, para White fora uma oportunidade dele “revisitar a si próprio enquanto jovem” e vivenciar as mudanças comportamentais dos Nova Yorkinos ocorridas devido o passar dos anos. Ele também deixa claro que White previu de antemão que seria impossível atualizar o livro uma vez que a cidade esta em mudança constante seja por especulações imobiliárias, modismos, tendências culturais etc. No livro White frisa que cabe ao leitor e não ao autor atualizar a cidade uma vez que as mudanças não cessariam.
Após a leitura da introdução do livro o professor relacionou a experiência vivida por White com as diferentes leituras e percepções que se pode ter de um lugar, objeto ou edificação e acabou tocando na polêmica sobre a não restauração dos monumentos, o que levou a interpelação por parte do Bruno Rímulo sobre importância da restauração para a atividade turista.
Essa discussão (Restaura X Não Restaura) se estendeu por cerca de cinco minutos e o professor percebendo que a ladainha seria extensa e tomaria muito tempo da aula optou pelo início do filme “Big Fish” dirigido por Tim Burton que conta “a história de um contador de histórias (Ed Bloom) que saiu de sua pequena cidade-natal, certo que estava destinado para grandes coisas para conhecer o mundo. A diversão predileta de Ed, já velho é contar sobre suas aventuras que viveu nesse período, mesclando realidade com fantasia. As histórias fascinam todos que as ouvem, com exceção de Will, filho de Ed. Até que Sandra, mãe de Will, tenta aproximar pai e filho (devido a doença terminal de Ed), o que faz com que Ed enfim tenha que separar a ficção da realidade de suas histórias.”
Fonte da sinopse do filme :
http://pt.wikipedia.org/wiki/Big_Fish

Biografia do diretor Tim Burton:
Timothy William Burton nasceu em 25/08/1958 em Burbank, no do sul da Califórnia - EUA onde passou a infância desenhando, assistindo a velhos filmes de terror e lendo a obra de Edgar Allan Poe. Quando estudava animação no Instituto de Artes da Califórnia, foi descoberto por uma executiva dos Estúdios Disney, para quem passou a trabalhar. Depois de obter a liberdade de desenvolver seus próprios projetos, estreou na direção em 1982 com o curta animado Vincent, um tributo ao ídolo Vincent Price. A inesperada acolhida do público aos seus dois primeiros longas, os cômicos As Grandes Aventuras de Pee Wee e Os Fantasmas se Divertem, fez de Burton o escolhido para dirigir Batman. O estrondoso sucesso do filme lhe trouxe um improvável poder em Hollywood, considerando a ousadia habitual de seus projetos. Burton ainda voltou ao homem-morcego em Batman, o Retorno. Mas foi no auge da criatividade que realizou a fábula Edward Mãos de Tesoura. O filme marcou o início da bem-sucedida parceria com o ator Johnny Depp, continuada em Ed Wood, uma cinebiografia daquele que foi considerado o pior realizador norte-americano de todos os tempos, e A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça. Em 2001 foi contratado para dirigir uma refilmagem de Planeta dos Macacos e conseguiu mais um grande sucesso de bilheteria. Burton ainda dirigiu diversos filmes como: A Fantástica Fábrica de Chocolate, A Lenda Do Cavaleiro Sem Cabeça, Marte Ataca, Planeta Dos Macacos, Peixe Grande e A Noiva Cadáver.


Palavra Chave: Peixe Grande
Como não achei e acredito que não exista nenhum dicionário com o verbete Peixe Grande, analisei a palavra dividindo-a de maneira a deduzir seu significado onde: Peixe Grande seria um animal vertebrado, aquático, com o corpo coberto de escamas, os membros transformados em barbatanas, e que respira por guelras; que possui dimensões avantajadas e elevado tamanho.
Mas Peixe Grande na cultura brasileira é uma pessoa importante, astuta, sagaz, que possui contatos e influência em diferentes esferas. Como é o caso dos “lobistas” e de uma pessoa aqui na sala; Quem é...quem é Cristiano Lopes perto da...?
Peixe Grande também pode ser um criminoso de colarinho branco que acaba sempre se safando e que tem como subordinados (segundo uma hierarquia) os peixes pequeno ou “café pequena” (pessoas que executam as ordens do peixe grande) e que acabam sempre sendo presas.
Mas no filme “Big Fish” Peixe Grande é uma metáfora usada por Tim Burton para instigar o protagonista Ed Bloom a ser como um peixe dourado, pois uma vez mantido em um pequeno aquário o peixe dourado se mantém pequeno. Mas com mais espaço, o peixe pode duplicar, triplicar até mesmo quadruplicar de tamanho. E era o que Ed queria por achar que estava destinado a coisas maiores.

Contextualização da introdução do livro Aqui Esta Nova York e do filme com a matéria:

O denominador comum do livro, do filme e da matéria estudada é a memória. Onde a consonância dos dois primeiros (livro e filme) nos remete ao discurso de que a memória, nesse caso, é aquela guardada por um indivíduo e se refere as suas próprias vivências e experiências que dão subsídio para a formação do caráter da pessoa.
A memória referente ao livro retrata às lembranças nostálgicas que E.B.White tinha a respeito do cotidiano, dos hotéis, dos caffés, da relação com as pessoas e do ritmo de trabalho na época em que vivera na Nova York do inicio do séc. XX. E essa lembrança é retratada com o contraste das mudanças uma vez que a cidade se transforma constantemente onde a experiência vivida por ele nunca será igual à de outra pessoa ou até mesmo a dele próprio (caso estivesse vivo). A ruptura com o passado o leva a um saudosismo de uma época que não volta mais. Essa memória é muito subjuntiva, pois depende da percepção e nível de abstração de cada pessoa.
A memória do filme “Big Fish” diz respeito ao relato de histórias fantásticas, cheia de magia e sonhos onde seres bizarros e irreais povoam o imaginário do protagonista em meio a lugares fantasiosos. Essa memória inventada se misturava com a realidade de tal forma que, toda essa fantasia, fora primordial para a formação do modo e do seu estilo de vida. Sendo que, mais tarde, a perpetuação de tal memória (relato dos “fatos vividos”) fora passada para a geração seguinte através do seu primogênito.
Já a memória referente ao turismo é entendida como elemento fundamental na formação da identidade cultural dos indivíduos, pois dizem respeito às suas crenças, costumes, modo de vida, símbolos do passado (monumentos e lugares de relevância cultural) e esta intimamente ligada ao significado de cultura. E é nesse meio que o turismo tenta se inserir como uma ferramenta de valorização, divulgação e manutenção da memória e cultura. Sendo que a educação patrimonial é uma das formas que a população percebe a importância da sua cultura para suas vidas e passa a preservá-la.
No papel todo esse discurso é muito bonito e louvável, mas não se pode esquecer a outra face da moeda onde as manifestações culturais e os monumentos são comercializados e muitas vezes transformados em espetáculo isso sem falar da exclusão por parte dos empreendedores da atividade turística que “expulsão” os moradores locais com o intuito de melhorar a infra-estrutura de apoio ao turismo do local. Como foi percebido na nossa visita técnica a Tiradentes no 4º período.


Sites
Memória e Identidade: Aspectos relevantes para o desenvolvimento do Turismo Cultural.
Disponível em:
http://www.ecoviagem.com.br/ecoviagem-brasil/artigos/memoria-e-identidade-aspectos-relevantes-para-o-desenvolvimento-do-turismo-cultural.asp
Imaginário, cultura e turismo no quarteirão Jorge Amado
Disponível em:
http://www.urutagua.uem.br/006/06costa.htm
A importância da Educação Patrimonial para o desenvolvimento do Turismo Cultural
Disponivel em:
http://www.partes.com.br/turismo/turismocultural.asp
Memória, cultura e poder na sociedade do esquecimento: o exemplo do centro de memória da unicamp.
Disponível em:
http://www.lite.fae.unicamp.br/revista/vonsimson.html
Turismo e Cultura - referências da identidade humana , por Daniela Varela
Disponível em:
http://www.ouropreto.com.br/noticias.asp?cod=1701

Notícias
Patrimônio desaparecido em nome de que progresso?
Disponível:
http://jn.sapo.pt/2006/11/12/porto/patrimonio_desaparecidoem_nome_que_p.html
39º Festival de Inverno de Diamantina da UFMG
Disponível:
http://www.ufmg.br/festival/006257.shtml
Programa Monumenta tem inscrições abertas para projeto que incentiva iniciativas nas áreas de educação patrimonial e promoção de atividades econômicas em sítios históricos.
Disponível::
www.cultura.gov.br/programas_e_acoes/cultura_viva/noticias/index.php?p=27409&more=1&c=1&pb=1
Parintins quer transformar Festival em patrimônio cultural brasileiro
Disponível:
http://portalamazonia.globo.com/noticias.php?idN=56845
Iphan aprova primeiro tombamento de material áudio-visual
Disponível:
http://www.revista.iphan.gov.br/materia.php?id=59

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