segunda-feira, 24 de setembro de 2007

[doc-n] bruna [mão]

A relação que existe entre as coisas velhas, as experiências vivenciadas, atualmente são diferentes, tornou se mais difícil passar as experiências a outras pessoas que vivem no mundo da multimídia uma vez que o nível informativo segue outra linhagem de conhecimento e a circulação de informações e muito veloz.
Essa relação só será efetivamente legítima quando a experiência for igual para relator e ao ouvinte a partir desse momento inicia-se a troca de informações comum a duas ou a um grupo de pessoas que compartilha de similaridade de opiniões.
A palavra artesanato significa fazer arte com as mãos, isso subtende que a relação do trabalho do artesão com a matéria prima tenha uma significância maior, pois existe aqui toda a manipulação com o objeto de trabalho, portanto, uma proximidade na relação de trabalho que também envolve o sentimento de afetividade quando se torna uma tradição familiar.
No atual contexto da sociedade pós-moderna, as coisas estão tão grandes que a transmissão do conhecimento tornou – se solto, pois as coisas e as pessoas estão cada vez mais distantes e não envolve tanto com as coisas ou circunstâncias que as mesmas acontecem. Acredito que as coisas atualmente são previsíveis em decorrência disso o ser humano não se envolve no processo de trocas de experiências.
A ilustração do que o contato pela mão provoca, pode ser observado na análise do que era o drive – in ( dec 30 - 40) até os dias atuais. Inicialmente s dirve-in era um local afastado da cidade onde as pessoas se reuniam (isso envolve briga, bebida, comida, fumo, transa, contato e etc). Quando muda o ambiente e adota um estilo “Mcmania” existe ai um distanciamento das pessoas, pois, agora e um local que denomina Fast-food tem outro funcionalidade, lanches rápido rompendo com o conceito de sociabilidade ou algo que extrapole isso promovendo experiências diferentes.
Analisando a proximidade das coisas na ótica do patrimônio cultural, percebe-se que existe uma cultura institualizada que diz o que e arte, o que patrimônio da humanidade. A relação de experiência com um patrimônio não tem um valor legítimo quando a experiência não faz referência à vida de uma pessoa. Como dizer que o quadro da Monaliza é um patrimônio se isso não se vincula a minha realidade. Pensar que este quadro e um patrimônio que pertencente a Leonardo da Vinci devido à proximidade com seu trabalho e que tem expressão internacional e não pertence à humanidade, pois é negado o direito de contato com a obra.
A cultura do envidraçamento provoca o distanciamento total das coisas como se apagasse todos os vestígios da dicotomia ser humano e sua relação com o patrimônio. Esta proximidade e negada, pois não se pode utilizar o espaço que seria da humanidade. Isso promove um turismo mecânico onde vivencia uma experiência que não própria. Essa situação não provoca o estranhamento nas pessoas de perceber e experimentar as coisas de maneira diferente de modo que o traga uma experiência.
A relação do turismo com a educação patrimonial deverá desviar da linha padrão de pensamento mecânico na interpretação dos espaços. Por exemplo – Minas Gerais – Cidade Histórica – Igreja – Barroco mineiro- séc XV deve-se, no entanto perceber que existem vidas acontecendo entre cada trajetória do passo-a passo dos guias turísticos.


Conceito Chave: Mão
O poder da proximidade que a mão provoca na percepção das coisas e a influência que ela tem no processo das trocas de experiência. A tatibilidade das mãos observada a partir do contato com o patrimônio influenciando na percepção dos espaços.

Sites
www.artedasmaos.com
www.geocities.com/Athens/4539/adamsmith.html
www.mao.gov.br

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