quarta-feira, 24 de outubro de 2007

[doc-n] kezia [empowerment]

[doc-n] silviana [empowerment]

[doc-n] ana carolina [empowerment]

Educação patrimonial leva ao desenvolvimento do auto-estima dos indivíduos e comunidade, e a valorização de sua cultura. Para o desenvolvimento de ações educacionais voltadas para o uso e a apropriação dos bens culturais que compõem o nosso “patrimônio cultural”, inúmeras experiências e atividades são realizadas, e demonstram resultados surpreendentes na recuperação da memória coletiva, no resgate da auto-estima de comunidades em processo de desestruturação, no desenvolvimento local e no encontro de soluções inovadoras de preservação do patrimônio cultural, em áreas sob o impacto de mudanças e transformações radicais em seu meio ambiente.
A Educação Patrimonial pode ser assim um instrumento de “alfabetização cultural” que possibilita ao indivíduo fazer a leitura do mundo que o rodeia, levando-o à compreensão do universo sociocultural e da trajetória histórico-temporal em que está inserido. Este processo leva ao desenvolvimento da auto-estima dos indivíduos e comunidades, e à valorização de sua cultura, como propõe Paulo Freire em sua idéia de “empowerment”, de reforço e capacitação para o exercício da auto-afirmação.
Reconhecer que todos os povos produzem cultura e que cada um tem uma forma diferente de se expressar é aceitar a diversidade cultural. Este conceito nos permite ter uma visão mais ampla do processo histórico, reconhecendo que não existem culturas mais importantes do que outras. O Brasil é um país pluricultural e deve esta característica ao conjunto de etnias que o formaram e à extensão do seu território. Estas diversidades culturais regionais contribuem para a formação da identidade do cidadão brasileiro, incorporando-se ao processo de formação do indivíduo, e permitindo-lhe reconhecer o passado, compreender o presente e agir sobre ele.
Os graus de abertura para com a participação popular são: coerção, manipulação, informação, consulta, cooptação, parceria, delegação de poder e a autogestão.
Palavra-chave: O conceito de empowerment que é a palavra-chave, pode ser definido como um processo de reconhecimento, criação e utilização de recursos e de instrumentos pelos indivíduos, grupos e comunidades, em si mesmos e no meio envolvente, que se traduz num acréscimo de poder - psicológico, sócio-cultural, político e econômico - que permite a estes sujeitos aumentar a eficácia do exercício da sua cidadania. O caminho histórico que alimentou este conceito tem sido um caminho que visa a libertação dos indivíduos relativamente a estruturas, conjunturas e práticas culturais e sociais que se revelam injustas, opressivas e discriminadoras, através de um processo de reflexão sobre a realidade da vida humana.

Biografia
1.Autor, Paulo Freire:
Nascido em 19 de setembro de 1921 de pais de classe média no Recife, Brasil, Paulo Freire conheceu a pobreza e a fome durante a depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os pobres e o ajudaria a construir seu método de ensino particular.
Freire entrou para a
Universidade do Recife em 1943, para cursar a Faculdade de Direito, mas também se dedicou aos estudos de filosofia da linguagem. Apesar disso, ele nunca exerceu a profissão e preferiu trabalhar como professor numa escola de segundo grau ensinando a língua portuguesa. Em 1944, ele se casou com Elza Maia Costa de Oliveira, uma colega de trabalho. Os dois trabalharam juntos pelo resto de suas vidas e tiveram cinco filhos.
Em 1946, Freire foi indicado Diretor do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social no
Estado de Pernambuco. Trabalhando inicialmente com analfabetos pobres, Freire começou a se envolver com um movimento não ortodoxo chamado Teologia da Libertação. Uma vez que era necessário que o pobre soubesse ler e escrever para que tivesse o direito de votar nas eleições presidenciais.
Em 1961, ele foi indicado para diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade do Recife, e em 1962 ele teve sua primeira oportunidade para uma aplicação significante de suas teorias, quando ele ensinou 300 cortadores de cana a ler e a escrever em apenas 45 dias. Em resposta a esse experimento, o Governo Brasileiro aprovou a criação de centenas de círculos de cultura ao redor do país.
Em 1964, um golpe militar extinguiu este esforço. Freire foi encarcerado como traidor por 70 dias. Em seguida ele passou por um breve exílio na Bolívia, trabalhou no Chile por cinco anos para o Movimento de Reforma Agrária da Democracia Cristã e para a Organização de Agricultura e Alimentos da Organização das Nações Unidas. Em 1967, Freire publicou seu primeiro livro, Educação como prática da liberdade.
O livro foi bem recebido, e Freire foi convidado a ser professor visitante da Universidade de Harvard em 1969. No ano anterior, ele escrevera seu mais famoso livro, Pedagogia do Oprimido, o qual foi publicado em varias linguas como o espanhol, o inglês em 1970, e até o Hebraico em 1981. Por ocasião da rixa política entre a ditadura militar e o socialista-cristão Paulo Freire, ele não foi publicado no Brasil até 1974, quando o General Geisel tomou o controle do Brasil e iniciou um processo de liberalização cultural.
Depois de um ano em Cambridge, Freire se mudou para Geneva, Suíça, para trabalhar como consultor educacional para o Conselho Mundial de Igrejas. Durante este tempo Freire atuou como um consultor em reforma educacional em colônias portuguesas na África, particularmente Guinea Bissau e Moçambique.
Em 1979, ele já podia retornar ao Brasil, mas só voltou em 1980. Freire se filiou ao Partido dos Trabalhadores na cidade de São Paulo e atuou como supervisor para o programa do partido para alfabetização de adultos de 1980 até 1986. Quando o PT foi bem sucedido nas eleições municipais de 1988, Freire foi indicado Secretário de Educação para São Paulo.
Em 1986, sua esposa Elza morreu e Freire casou com Maria Araújo Freire, que também seguiu seu programa educacional.
Em 1991, o Instituto Paulo Freire foi fundado em São Paulo para estender e elaborar suas teorias sobre educação popular. O instituto mantem os arquivos de Paulo Freire.
Freire morreu de um ataque cardíaco em 2 de maio de 1997 às 6h53 no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido a complicações na operação de desobstrução de artérias, mas teve um infarto.

2.Autor: Marcelo Lopes de Souza:
Obra indicada: A Prisão e Agora
Dados do autor:
Possui graduação em Economia pela Universidade Federal de Uberlândia (2003) e mestrado em Economia pela Universidade Federal de Uberlândia (2006). Atualmente é docente da Universidade Estadual de Goiás, campus Itumbiara, curso de Economia, com regime parcial de 8 horas semanais.

Reportagens

http://www.portaldaadministracao.org/2007/05/relacao-do-empowerment-com-os-estagios-evolutivos-das-areas-funcionais/
http://www.fundipan.org.br/port/trigoetalento/bunge.htm
http://gaia.org.pt/node/2062
http://www.hackerteen.com.br/noticia_19.php
http://clipping.planejamento.gov.br/Noticias.asp?NOTCod=388931

Sites

http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Freire
http://www.paulofreire.org/pf_livros.htm
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4526570P6
http://compare.buscape.com.br/a-prisao-e-a-agora-marcelo-lopes-de-souza-8528612090.html

[doc-m] luanna [participação]

A aula do dia 05 de outubro de 2007, começou com a leitura do relatório da aluna Pámela, logo após o professor Frederico iniciou a aula com a discursão sobre o que é educação patrimonial. Segundo foi passado na última aula, educação patrimonial é a implementação de ações educativas de investigação, apropriação e valorização do patrimônio cultural.
Foi colocado que a relação da participação (palavra chave) da comunidade e da população com o patrimônio se faz a partir de uma escala de participação citada pelo autor Marcelo Lopes de Souza no livro ‘A prisão e a ágora’ que neste coloca para se pensar sobre uma questão de âmbito nacional. Primeiramente foi colocado a questão da educação patrimonial como um processo ativo de conhecimento, apropriação, e valorização da herança cultural propiciando a geração e produção de novos conhecimentos, um processo contínuo de criação. Assim, se leva a pensar no pressuposto que a experiência e conhecimento sobre um determinado lugar vai possibilitar o conhecimento sobre este, isso significa que o método didático não é só passar as informações sobre algo mais sim um método criativo que está a margem de vestígio deixado no lugar visitado. Como por exemplo às manifestações culturais como um modo de fazer de criar. A educação patrimonial é também um método de investigação onde leva a valorização do saber cultural, como propõe Paulo Freire em sua idéia de ‘empowerment’ que significa dar o poder, reforço e capacitação para o exercício de auto-afirmação. Este é para provocar a participação em um exercício de construção de uma autonomia, uma autoconcientização.
O processo de produção , investigação e de autonomia juntos formam uma instancia que relacionados colocam em jogo um processo de investigação que visa uma autonomia individual, onde a pessoa vê que o objeto a ser visitado é intocável mais é uma manifestação cultural, porque mesmo intocável ele faz parte do processo de manifestação, e isso que faz uma autoconcientização. Onde a pessoa, a comunidade e o local que está sendo visitado começa a ser percebido como uma autonomia individual. Porque se você não conscientiza, a pessoa sempre vai ser mais uma marionete dentro de um cenário maior, pois a questão é dar um mínimo de autonomia para que ele se torna um homem sujeito para entender qual é o papel dele dentro da manifestação cultural, por isso é importante investigar quais são as marcas e vestígios.
Faz-se pensar também em uma escala para ter um planejamento urbano que se dá pelos diversos agentes como o turista a comunidade e ou o poder público que coloca em jogo a participação de diferentes agentes, e durante essa relação entre eles qual é a real chance de se dar uma nova autonomia e conscientização do individuo do que ele está fazendo ali, porque muito mais do que conceitos isso quer dizer e mostrar uma dinâmicas pedagógicas.
Marcelo Lopes coloca no seu livro sobre oito categorias ou níveis de participação que vai deste da não participação (coerção e manipulação), passando pelo pseudo – participação (informação, consulta e cooptação), co – responsabilidade (parceria e delegação de poder) e a participação de autonomia (autogestão); onde o individuo sabe o que ele esta fazendo na construção cultural. Então o que são cada um desses níveis que dizem a respeito à dinâmica de produção cultural, no caso da coerção é um tipo de dinâmica participativa onde a população não é consultada. Coagir é você pegar a pessoa, e não é nem manipular, porque este leva a pessoa muito gentilmente para onde você quer, mais no caso da coersão é um tipo de coação onde se faz a pessoa a concordar a através do método da violência. Exemplo disso é a remoção da favela, é uma dinâmica participativa onde a comunidade não é ouvida, consultada, limpar a área para fazer outras coisas. Sem ver a necessidades das pessoas e tudo por meio da violência, por isso ela é considerada uma não participação. Onde não existe uma participação, uma investigação e muito menos uma autonomia. O que tem aqui é uma vontade de retirar o individuo do lugar onde ele estar, tirar o poder dele (empowerment) de se expressar, tirando o último poder que ele poderia ter, que é de poder estar em um lugar onde ele próprio escolheu e quer estar. Isso se encaixa com a palavra chave que é participação que não pode ser uma possibilidade aberta apenas a alguns privilegiados, ela deve ser uma oportunidade efetiva, acessível a todas as pessoas. Cada individuo é responsável pelo que acontece nas questões locais, nacionais e internacionais e, portanto, co-responsáveis por tudo o que ocorre nele. A única forma de transformar este direito em realidade é através da participação, principalmente na área do turismo, onde a participação da comunidade é o fator primordial para que se possa desenvolver um planejamento turístico no local.
A resignação e o medo da participação são resultados da cultura autoritária, que perpassa nossa história e instalou-se na nossa cultura e, portanto, nos nossos próprios hábitos. Participar, em vez de ser regra geral, tornou-se uma exceção. Temos, então, o cidadão limitado, fechado, sem iniciativa, dependente.
Manipulação: na manipulação a população atingida é ludibriada, ao ser induzida, mediante o uso macuco da propaganda ou de outros expedientes, aceitar intervenções que, em outras circunstancias, com pleno conhecimento de causa, certamente não aceitaria. Em fim é o nível onde uma pessoa não dá todos os dados sobre ou relacionados ao patrimônio, manipula informação de forma a ser como a o líder quer. Um exemplo a ser citado é a receita de bolo que a vó Maria faz, a partir dai cria-se um discurso dessa receita que precisa ser preservada, mais as vezes é manipulada sobre a opinião que a receita é boa, mesmo assim se agrega uma importância cultural enorme, dela ser objeto de uma lei de preservação patrimonial.
Informação: a informação é a maneira mais clara que uma pessoa recebe quando alguém disponibiliza algo. Por exemplo, um guia turístico passa informação sobre um local e você recebe a informação que está sendo dada, ou quando é apresentado algum projeto, você passa sua informação ao poder público, colocando sua opinião. Como o nome sugere, o estado disponibiliza informações sobre as intervenções planejadas, informações estas que, dependendo do grau de transparência do jogo político e da natureza da cultura política, serão menos ou mais completas e confiáveis.
Consulta: O processo de consulta se for bem organizado, será útil para o balizamento da atividade planejadora. O “detalhe” é que não há, em esquema meramente consultivo, nenhuma garantia de que as opiniões da população serão respeitadas e incorporadas pelos tomadores de decisão. Um exemplo comum é o turismólogo fazendo o planejamento de uma cidade, ele na maioria das vezes pergunta a população sobre o objeto a ser implantado, mas se ele vai ouvir, aceitar ou não ou até mesmo gerenciar junto com a população depende inteiramente da sua decisão e ou consciência. A informação vai ser dada , mais é facultativo e não obrigatório, por que quem tem mais poder é que vai decidir qual a ordem a ser tomada.
Cooptação: A cooptação estritamente individual, é parte integrante ou preparatória para a cooptação de organizações e grupos, serve, de maneira menos ou mais intencional e deliberada, a um propósito de conquistar respaldo popular a um custo mínimo, se que o aparelho de estado verdadeiramente partilhe poder. Enfim a cooptação é o meio mais sutil, para fazer as pessoas participarem, mais ainda não é de forma autêntica, por exemplo, o curso de turismo pode mudar seu currículo varias vezes passando de uma a cem mas o sentido do estudo e das matérias vão ser reproduzidos na mesma forma. Um outro exemplo é quando um turismólogo vai implantar um projeto turístico em uma região ele vai primeiramente reunir com a liderança comunitária, para se firmar com esta, pois através da participação da liderança, distribuindo atividades para ela, consegue-se conquistar um espaço e se tem um consenso comum de como vai ser o projeto e como ele vai se estabelecido.
Parceria: A parceria corresponde a um nível de participação autenticamente associado a um compartilhamento de poder decisório, caracterizando-se, ainda, por elevada transparência. Nela o aparelho de estado e a sociedade civil organizada interagem, em um ambiente de dialogo e transparência para implementação de uma política publica a organização e a viabilização de um esquema de gestão ou a realização de uma intervenção especifica. Exemplo disso é um cozinheiro de um restaurante, fazer alguma parceria ou adquirir alguma nova experiência com atitude simples mas objetiva. Em um dia qualquer depois que ele faz a comida vai até a mesa dos clientes do restaurante e pergunta se eles gostaram ou não, além da experiência que em cada mesa ele poderá ficar aberto para novas parcerias que futuramente possam engrandecer sua profissão.
Delegação de poder: A delegação de poder vai ainda mais além da parceria, pois nela o estado abdica, no que se refere a várias esferas da administração, co-interferir decisoriamente, ou até mesmo de se valer do direito de veto, transferindo toda uma gama de atribuições para instâncias e canais participativos nos quais a sociedade civil tem a última palavra. Na delegação de poder você dá autonomia ou o poder por exemplo para o cozinheiro ir até a mesa onde está o cliente para questionar sobre sua satisfação em relação ao restaurante. Cria a possibilidade de conhecimento do cozinheiro e ate mesmo do cliente, através da responsabilidade que é dada ao cozinheiro.
Autogestão: No que tange a canais participativos formais, instituídos pelo estado, a delegação de poder é o nível mais elevado que se pode almejar. Ir além disso, implementando políticas estratégicas altogestionariamente, sem a presença de uma instancia de poder “separada” do restante da sociedade (Estado), a qual decide quanto, quando e como o poder poderá ser transferido, isso pressupõe um macrocontexto social autônomo, muitíssimo diferente do binômio capitalismo mais democracia representativa. Tal não impede, decerto, que experiências autogestionárias tenham lugar, menos ou mais efemeramente e com menor ou maior impacto político pedagógico, marginalmente, nas bordas do sistema heterônomo, como em imóveis ocupados por sem-teto e outras expressões de insurgência protagonizadas por movimentos sociais. Enfim, autogestão, é quando se coloca todos os agentes envolvidos que é desde o turismólogo, do turista, do poder público, e da comunidade quando todos esses autores eles participam coletivamente da decisão e o que ta em jogo é sempre o bem estar de todos, isso significa que todos esse agente vão ter que conversar , consultar, pensar como parceiro no projeto e nenhuma decisão é tomada sem o outro ser consultado. Por exemplo o movimento social dos sem terra, que lutam junto por terras independente de onde for, querem seu canto para morar e isso vai contra o poder público, mais isso mostra que todo mundo participa a partir do momento que há uma conversa entre o poder com as pessoas do movimento, onde só é conseguido ter sucesso quando cada um não só pense por conta própria autonamente, mais sim em conjunto.

biografia
MARCELO LOPES DE SOUZA
Marcelo Lopes de Souza é professor da UFRJ, onde coordena o Núcleo de Pesquisas sobre Desenvolvimento Sócio-Espacial (NuPeD), e pesquisador do CNPq. É autor, entre outros livros, de Mudar a cidade e A prisão e a agora, ambos publicados pela editora Bertrand Brasil.

TÍTULOS
1985 - Bacharel em Geografia (Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
1988 - Especialista em Sociologia Urbana (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ).
1988 - Mestre em Geografia (Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ).
1993 - Doutor em Geografia (área complementar: Ciência Política) (Eberhard-Karls-Universität Tübingen, Alemanha).

è PRÊMIOS
1994 - Obtenção do 1.° prêmio do concurso bianual da Arbeitsgemeinschaft Deutsche Lateinamerika-Forschung - ADLAF (Sociedade Alemã de Pesquisas sobre a América Latina). O concurso foi instituído pela ADLAF para premiar as melhores dissertações de Doutorado escritas na Alemanha versando sobre temas latino-americanos, e dele participam representantes das mais diversas áreas das ciências humanas e sociais. Título do trabalho premiado: "Armut, sozialräumliche segregation und sozialer Konflikt in der Metropolitanregion von Rio de Janeiro. Ein Beitrag zur Analyse der 'Stadtfrage' in Brasilien" ("Pobreza, segregação sócio-espacial e conflito social na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Uma contribuição para a análise da 'questão urbana' no Brasil"). Tese de Doutorado publicada pelo Selbstverlag des Geographischen Instituts (Editora do Instituto de Geografia) da Universidade de Tübingen, Alemanha (= série Tübinger Geographische Studien, n.° 111).
2001 - Prêmio JABUTI, da Câmara Brasileira do Livro, como um dos três melhores livros publicados no ano 2000 em território brasileiro na categoria Ciências Humanas e Educação, pela obra "O desafio metropolitano. Um estudo sobre a problemática sócio-espacial nas metrópoles brasileiras" (Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2000).

sites
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=25&id=278
http://www.cidadesrevista.com.br/html/espacos_da_participacao_popula.html
http://www.olharvirtual.ufrj.br/2006/imprimir.php?id_edicao=170&codigo=2
http://www.temasemdebate.cnpm.embrapa.br/textos/051018_TERRITORIO_ESPACO_quarta.pdf
http://www.vermelho.org.br/museu/principios/anteriores.asp?edicao=35&cod_not=820
http://www.unesp.br/aci/jornal/195/livros.php

notícias

http://www.planetanews.com/produto/L/55668/planejamento-urbano-e-ativismos-sociais-marcelo-lopes-de-souza---glauco-rodrigue.html
http://www.revistasim.com.br/asp/materia.asp?idtexto=1275
http://compare.buscape.com.br/a-prisao-e-a-agora-marcelo-lopes-de-souza-8528612090.html
http://italogeografia.wordpress.com/2007/06/16/o-problema-da-violencia/
http://www.anuario.igeo.ufrj.br/anuario_1994/vol_17_65%20_72.pdf

[doc-m] livia [participação]

A aula do dia 05 de setembro girou em torno da importância de se estudar o método de educação patrimonial, pensando a participação da comunidade, da população com relação ao patrimônio. Para melhor entender essa importância, foi utilizado a escala de participação, do livro "A prisão e a Ágora" do autor Marcelo Lopes de Souza. Para fazer uma ligação com a aula anterior, o professor começou explicando alguns conceitos sobre Educação Patrimonial.
O primeiro conceito que foi discutido foi à educação patrimonial como um "processo ativo de conhecimento, apropriação, e valorização da herança cultural propiciando a geração e produção de novos conhecimentos, um processo contínuo de criação".
A partir desse conceito pode-se perceber que a educação patrimonial não é só o fazer e o valorizar, mas também pensar se está gerando e produzindo novos conhecimentos.
Outro conceito que foi discutido é: "Educação patrimonial leva a valorização do fazer cultural, como propõe Paulo Freire em sua idéia de 'empowerment', reforço e capacitação para o exercício de auto-afirmação". Primeiro é importante conceituar a palavra empowerment que quer dizer dar poder ao indivíduo. Já o conceito nos mostra que educação patrimonial é um processo de construção da autonomia, processo de investigação e um processo produtivo que estão relacionados. O que está em jogo é capacitar, tanto a comunidade, como os turistas e nós turísmologos para entender um processo de investigação que visa a autonomia individual, ou seja, é fazer com que as pessoas entendam que aquela manifestação cultural que ele está presenciando, não é intocável, ou seja, que ele faz parte daquele processo.
Já que a educação patrimonial é um processo de construção da autonomia, é preciso pensar qual é o grau de participação das pessoas nessa construção, e para isso foi utilizada a escala de participação do Marcelo Souza Lopes. Esta escala de participação serve para identificar qual o grau de participação das pessoas na educação patrimonial. Além de ser um processo de conscientização, e aprendizado na qual o turista irá perceber qual o papel dele dentro daquela manifestação cultural.

A escala é divida em 8 níveis de participação que podem ser subdivididas em:

Não participação -

Ø Coerção - É utilizar a força, física ou psicológica, para conseguir chegar a um objetivo. Com relação ao turismo podemos dizer que quando se quer que uma edificação histórica fique visível para o turista, você acaba com os vestígios e as marcas daquele lugar, e também, expulsa a comunidade do local utilizando a coerção, ou seja, chamando a polícia. Ao invez de introduzir essa comunidade no processo de participação de construção cultural. Não existe a vontade de investigação, de dar autonomia ao individuo mas sim de resolver um problema.

Ø Manipulação - É uma forma de indução, ou seja, a preocupação não é a de ouvir o que a pessoa tem a dizer e sim manipular a informação para que ela aconteça da forma que você quer, não dando nenhum tipo de informação sobre a intervenção cultural. Exemplo: questionários realizados na comunidade, mas que são formulados de acordo com os interesses de quem os aplica para que o seu projeto aconteça, e não de acordo com os interesses da comunidade. Assim, o questionário acaba sendo um método de manipulação da opinião pública.

Pseudo Participação

Ø Informação - Consiste em dar a informação para as pessoas de forma mais clara, assim como você vai receber essa informação. Você informa a comunidade sobre o seu projeto e a comunidade informa onde e o que ela quê que se torne um patrimônio. Mas em contrapartida essa informação ela acaba se perdendo quando não há interesse em um dos lados, quando ela não é de importância para quem a está recebendo. Na informação não é construído algo novo.

Ø Consulta - Consiste na consulta há um interesse no que é informada a pessoa, mas não necessariamente vai ser atendido o que foi pedido. Nesse caso quem aceita ou não o que foi pedido é quem tem mais poder.

Ø Cooptação - Fazer um convenio com as lideranças da comunidade para que seja implantado o projeto. Pode começar como uma participação e terminar em uma pseudoparticipação e até numa não participação.

Co-responsabilidade

Ø Parceria - Neste caso a comunidade o turísmologos e o poder público, compartilha informações, e coletivamente são tomadas as decisões. Mas não significa que essa parceria vai permanecer durante todo o processo do projeto, ela acontece somente nos momentos onde o processo de aprendizado foi provocado. A parceria não precisa necessariamente ser financeira, ela pode ser cultural.

Ø Delegação de poder - Dar responsabilidade a cerca do projeto que está sendo vendido, dando o poder de responsabilidade a todos os agentes envolvidos neste projeto.

Participação autônoma

Ø Auto gestão - Neste processo todos os agentes envolvidos (comunidade, turistas, turísmologos, poder público e privado) participam coletivamente das decisões e o que está em jogo é sempre o interesse de todos. Este processo é o mais difícil, pois é onde o interesse de um agente tem que interligar com o interesse coletivo.
Concluindo, é preciso entender que esses níveis não estão distantes uns dos outros, eles acabam se interligando.
Esta escala de participação é importante, pois nos leva a pensar quais são as dinâmicas que interessam para se pensar educação patrimonial.

[sobre o livro "a prisão e a ágora"]
A Prisão e a Agora, novo livro de Marcelo Lopes de Souza, versa sobre planejamento urbano, mas não do ponto de vista da adequação dos usos do solo ou da estética das paisagens - não propriamente inúteis em si mesmas, mas tão amiúde a serviço da segregação, do controle social e da alienação -, e sim das relações de poder inscritas no espaço e implicadas na produção do espaço.

Planejar e gerir uma cidade não significam, apenas, planejar e gerir coisas, mas sim, acima de tudo, planejar e gerir relações sociais. Seja para amenizar o embrutecimento representado e condicionado pelas cidades atuais, seja para conquistar cidades substancialmente diferentes e mais justas, é preciso refletir e agir levando em conta o que mais importa: a dinâmica das relações sociais, em especial a dinâmica das relações de poder, e os vínculos disso com o espaço, na sua dupla qualidade de produto e condicionante das relações sociais. A escala local, certamente, é privilegiada na análise, mas privilégio não quer dizer exclusividade: os problemas que se manifestam localmente não se deixam explicar somente por fatores de abrangência local, e vencer desafios locais depreende, cada vez mais, saber enfrentar desafios também em outras escalas.
A Prisão e a Agora trata, pragmaticamente, tanto da falta de liberdade e as restrições crescentes à liberdade efetiva, no cotidiano das grandes cidades contemporâneas (metáfora da "prisão"), quanto das possibilidades de se tentar ampliar os espaços democráticos mesmo em meio a condições estruturais adversas, embora contando com ventos conjunturalmente favoráveis. Mas não se quer, aqui, ser um mero "consultor para desenvolvimento com horror mínimo", quimera de um "progressismo" de curto fôlego e ainda mais curta visão.

biografia
Marcelo Lopes de Souza
professor da UFRJ, onde coordena o Núcleo de Pesquisas sobre Desenvolvimento Sócio-Espacial (NuPeD), e pesquisador do CNPq. É autor, entre outros livros, de Mudar a cidade e A prisão e a ágora, ambos publicados pela editora Bertrand Brasil.
Títulos desse autor:
1985 - Bacharel em Geografia (Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ).
1988 - Especialista em Sociologia Urbana (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ).
1988 - Mestre em Geografia (Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ).
1993 - Doutor em Geografia (área complementar: Ciência Política) (Eberhard-Karls-Universität Tübingen, Alemanha).

biografia
Paulo Freire
Nascido em 19 de setembro de 1921 de pais de classe média no Recife, Brasil, Paulo Freire conheceu a pobreza e a fome durante a depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os pobres e o ajudaria a construir seu método de ensino particular.
Freire entrou para a
Universidade do Recife em 1943, para cursar a Faculdade de Direito, mas também se dedicou aos estudos de filosofia da linguagem. Apesar disso, ele nunca exerceu a profissão e preferiu trabalhar como professor numa escola de segundo grau ensinando a língua portuguesa. Em 1944, ele se casou com Elza Maia Costa de Oliveira, uma colega de trabalho. Os dois trabalharam juntos pelo resto de suas vidas e tiveram cinco filhos.
Em 1946, Freire foi indicado Diretor do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social no
Estado de Pernambuco. Trabalhando inicialmente com analfabetos pobres, Freire começou a se envolver com um movimento não ortodoxo chamado Teologia da Libertação. Uma vez que era necessário que o pobre soubesse ler e escrever para que tivesse o direito de votar nas eleições presidenciais.
Em 1961, ele foi indicado para diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade do Recife, e em 1962 ele teve sua primeira oportunidade para uma aplicação significante de suas teorias, quando ele ensinou 300 cortadores de cana a ler e a escrever em apenas 45 dias. Em resposta a esse experimento, o Governo Brasileiro aprovou a criação de centenas de círculos de cultura ao redor do país.
Em 1964, um golpe militar extinguiu este esforço. Freire foi encarcerado como traidor por 70 dias. Em seguida ele passou por um breve exílio na Bolívia, trabalhou no Chile por cinco anos para o Movimento de Reforma Agrária da Democracia Cristã e para a Organização de Agricultura e Alimentos da Organização das Nações Unidas. Em 1967, Freire publicou seu primeiro livro, Educação como prática da liberdade.
O livro foi bem recebido, e Freire foi convidado a ser professor visitante da Universidade de Harvard em 1969. No ano anterior, ele escrevera seu mais famoso livro, Pedagogia do Oprimido, o qual foi publicado em varias linguas como o espanhol, o inglês em 1970, e até o Hebraico em 1981. Por ocasião da rixa política entre a ditadura militar e o socialista-cristão Paulo Freire, ele não foi publicado no Brasil até 1974, quando o General Geisel tomou o controle do Brasil e iniciou um processo de liberalização cultural.
Depois de um ano em Cambridge, Freire se mudou para Geneva, Suíça, para trabalhar como consultor educacional para o Conselho Mundial de Igrejas. Durante este tempo Freire atuou como um consultor em reforma educacional em colônias portuguesas na África, particularmente Guinea Bissau e Moçambique.
Em 1979, ele já podia retornar ao Brasil, mas só voltou em 1980. Freire se filiou ao Partido dos Trabalhadores na cidade de São Paulo e atuou como supervisor para o programa do partido para alfabetização de adultos de 1980 até 1986. Quando o PT foi bem sucedido nas eleições municipais de 1988, Freire foi indicado Secretário de Educação para São Paulo. Em 1986, sua esposa Elza morreu e Freire casou com Maria Araújo Freire, que também seguiu seu programa educacional. Em 1991, o Instituto Paulo Freire foi fundado em São Paulo para estender e elaborar suas teorias sobre educação popular. O instituto mantem os arquivos de Paulo Freire. Freire morreu de um ataque cardíaco em 2 de maio de 1997 às 6h53 no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido a complicações na operação de desobstrução de artérias, mas teve um infarto

PALAVRA CHAVE:
Participação
Elaborar projetos educativos voltados para a disseminação de valores culturais, formas e mecanismos de resgate, preservação e salvaguarda, assim como para a recriação e transmissão desse patrimônio às gerações futuras é, sobretudo, um projeto de formação de cidadãos livres, autônomos e sabedores de seus direitos e deveres.
A participação da sociedade nessas iniciativas, compartilhando projetos pode indicar que existe uma democrácia na estruturação de ações educativas que hoje lidam não apenas com a reafirmação de valores consagrados, mas com o desafio de preparar as pessoas para a permanente semeadura de novos valores. O que se pode pensar é que tal tarefa precisa de algumas mediações e articulações, e será pouco produtiva se o Estado não conseguir desenvolver mecanismos para escutar a comunidade. Assim como abrir canais de participação na sociedade que gera, e reproduz o processo cultural no qual se inserem os objetos, as manifestações, os símbolos e os significados tão caros ao patrimônio e à memória.
A participação será fictícia ou retórica se os atores responsáveis pelos projetos não assumirem as responsabilidades e desconhecerem os direitos que adquirem a partir das negociações que fizerem. Cabe ao Estado esclarecer, informar, tornar transparentes seus processos e mecanismos de atuação; cabe à sociedade cobrar, fiscalizar, usar com criatividade a liberdade que tem de buscar alternativas para responder à realidade.
O bom processo educativo é aquele que ensina a pensar e não a repetir valores do educador; que se baseia no respeito à diferença e valorização da diversidade e que, desta forma, resiste aos processos de homogeneização do saber e sua transmissão, assim como de globalização indiscriminada e esmagamento dos valores culturais. É aquele que transmite os valores culturais “da moda” e os tradicionais; que constrói com segurança e bom fundamento a ponte necessária entre o passado e o futuro; que relativiza o tempo e intensifica a responsabilidade do papel de cada um perante sua cultura e a dos outros. A boa educação tempera o sujeito tornando-o apto a ser crítico em relação a propostas educativas que contribuam para a submissão e sujeição do educando e da sociedade a qual pertence.
Assim, a educação assumirá seu papel de agente no processo social, produtora de saber e não apenas consumidora e reprodutora de conhecimentos dados; as ações educativas voltadas para a preservação devem contribuir para a formação de sujeitos ativos e livres na construção de sua própria vida e da dimensão coletiva a ela inerente. É essa dimensão coletiva, conquistada e reafirmada, que permite ao indivíduo pensar outros significados para termos como cidadania, participação, responsabilidade e pertencimento.

reportagens

http://www.revista.iphan.gov.br/materia.php?id=147
http://www.revista.iphan.gov.br/materia.php?id=134
http://www.revistamuseu.com.br/artigos/art_.asp?id=3562
http://www.unisantos.br/pos/revistapatrimonio/artigos.php?cod=21&bibliografia=0&
http://www.educacional.com.br/articulistas/articulista0003.asp

links
www.turismo.gov.br/
www.patrimoniocultural.org.br/
www.cultura.gov.br/
http://www.iepha.mg.gov.br/
http://www.cultura.mg.gov.br/

[doc-m] ingrid [participação]

A aula do dia 5 de setembro abordou o tema "participação", o debate teve a proposta de mostrar os pontos positivos e negativos da participação do homem enquanto individuo sociedade e político, foi debatida também a questão dos diversos tipos de participação, algumas positivas, outras negativas e outras omissas. Algumas possibilidades foram levantadas como, por exemplo, a idéia de que todo individuo deveria ser dotado de autonomia e poder, para que ele saiba seu papel dentro de uma sociedade, cultura, ou ate mesmo de uma manifestação cultural, capacitando esses indivíduos, comunidade ou turista para entenderem que quando estão inseridos em um contexto, seja ele em que patamar ou nível for, deve ter o direito ao poder da palavra, direito de saber e poder escolher participar da forma que lhe caber, mas também deve entender seus deveres e obrigações, por exemplo, se é feita uma apresentação ou manifestação cultural, aquilo não é uma verdade absoluta e intocável, no entanto ele mesmo enquanto pessoa, membro de uma sociedade ou turista, faz parte disso, pois está participando por estar simplesmente apreciando determinada atividade, ele tem esse direito independente do nível social, cor ou credo.
No entanto a participação tem outras facetas negativas, como por exemplo, a coerção, que é uma não participação, ela representa para o individuo o cumprimento de certa atividade, ou norma através da força imposta, da não discussão, ou ate mesmo a manipulação que se apresenta como uma forma de subterfúgio, usado para que a informação que chegue a determinado indivíduo, chegue com a mensagem final turva, para passar ao despercebido cidadão uma questão, idéia ou ideal intencionalmente. As sociedades autoritárias fazem tudo para limitar, restringir e desestimular a participação.
Buscamos através de o debate conhecer os meios para instigar e transformar o cidadão em um indivíduo participativo, que entenda seus deveres e direitos, apesar de ser uma tarefa árdua, é uma obrigação de todos nós enquanto profissionais e cidadãos. A participação é um princípio básico da democracia. Sem ela, não é possível transformar em realidade, nenhum dos outros princípios: igualdade, liberdade, diversidade e solidariedade. Falamos aqui de participação em todos os níveis, sem exclusão prévia de nenhum grupo social, sem limitações que restrinjam o direito e o dever de cada pessoa tomar parte e se responsabilizar pelo que acontece em suas vidas, enquanto turistas, pais de famílias, cidadãos comuns, turismologos e etc...
Resumindo, cada um de nós é responsável pelo que acontece nas questões locais, nacionais e internacionais. Somos cidadãos do mundo e, portanto, co-responsável por tudo o que ocorre. A única forma de transformar este direito em é através da participação.

Sobre o autor:
Marcelo Lopes de Souza é professor da UFRJ, onde coordena o Núcleo de Pesquisas sobre Desenvolvimento Sócio-Espacial (NuPeD), e pesquisador do CNPq. É autor, entre outros livros, de Mudar a cidade e A prisão e a água, ambos publicados pela editora Bertrand Brasil.


Links
http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2003/ep/pgm1.htmhttp://www.revista.iphan.gov.br/secao.php?id=1&ds=17
http://www.scielo.br/pdf/es/v25n89/22628.pdfhttp://www.revistamuseu.com.br/artigos/art_.asp?id=3562
http://www.educacional.com.br/articulistas/articulista0003.asphttp://fgml.itajai.sc.gov.br/educacao_patrimonial.phphttp://www.patrimoniocultural.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=255 (Participação)http://www.espacoacademico.com.br/003/03col_cris.htmhttp://www.espacoacademico.com.br/022/22cmsantos.htm http://brasil.indymedia.org/pt/blue/2006/04/351045.shtmlhttp://www.globalcult.org.ve/pub/Rocky/Libro2/Dagnino.pdf

[doc-n] raquel capuzzo [cidadania]

Para o tema dessa aula foram citados dois autores, a primeira Arendt, H, que diz sobre as ações educativas no mundo, a proposta da comunidade é construir o tempo inteiro, é o indivíduo que age e transforma o mundo; já para o outro autor Freire, P. (Pedagogia da Revolução), diz que a educação faz com o homem seja o sujeito ativo, ele apenas provoca essas ações.
Em relação a investigação, apropriação e valorização do patrimônio cultural, pode-se dizer que é o conjunto de bens culturais do valor reconhecido para certo grupo ou para a humanidade recebidos do passado e são de natureza imaterial, eventual. Isso quer dizer a vida que se cria ao redor do objeto, o valor agregado que atribuímos a ele.
Em sala também foi discutido o envolvimento da comunidade na gestão do patrimônio, que na verdade é a educação patrimonial. É essa gestão a responsável por planejar os espaços urbanos. O professor escreveu quatro palavras no quadro que os significados delas estão interligados: conhecer-identificar-valorizar-preservar, a comunidade provisória formada pelos profissionais de turismo com a comunidade local mais os turistas é quem fazem todo esse giro acontecer, com os bens materiais e imateriais.
O professor nos passou o significado de cidadania para nossa disciplina e a sala trabalhou e discutiu os conceitos: vem da palavra cidade (pertence a uma cidade), a imagem de cidade está em constante mudança, no passado a cidade era de um jeito, hoje é de outro e se projeta no futuro para ser de outro. A cidade não é algo imutável. Afirmar cidadania é afirmar seus direitos e deveres frente a cidade. É afirmar como alguém que age, é afirmar meu comprometimento de indivíduo mudar esse mundo, homem sujeito junto à cidade.
Para a Organização Mundial de Turismo (OMT), turismo cultural são atividades onde o indivíduo está em estado de procura, o turista não sabe o que está procurando, e o turista vive em estado de latejamento por um acontecimento, viaja sempre para ver as mesmas coisas (igreja, festa folclórica, museu, etc).
Em sala foram passadas algumas imagens no retroprojetor, a primeira foi uma foto de mesas montadas de frente a um monumento de uma cidade (praça pública), onde várias pessoas estão conversando e comendo. A segunda imagem também, são de mesas montadas e pessoas comendo em um local público em alguma cidade histórica. A terceira imagem, são de várias pessoas de trajes sociais em volta de mesas em um evento numa galeria de arte. A quarta imagem é dos anos 60, pessoas fazendo teatro na rua. A última imagem são anúncios de eventos na rua. Todas essas imagens puderam nos fazer perceber que todos esses espaços públicos que são utilizados apenas como locais de passagem podem ser transformados em locais para conversar, rir, observar, efetivamente criar oportunidades, para as pessoas participarem dessas diferentes ações nas cidades. Cada pessoa pode trazer uma nova dimensão para aquele lugar, cada um cria livremente uma nova história para aquele lugar.
A palavra chave escolhida para essa aula foi cidadania, justamente porque para tudo que foi discutido: ações educativas; investigação, apropriação e valorização do patrimônio cultural; gestão do patrimônio; alguns conceitos de cidadania; turismo cultural; e as cinco imagens que foram passadas; nos mostra como a ação do indivíduo para a localidade é extremamente importante, porque é ele que vai criar suas histórias e identidade de uma cidade ou local.

[doc-n] livia [cidadania]

[doc-n] igor [cidadania]

Aula do dia 01 de outubro, o Professor Frederico fez uma reflexão sobre algumas definições e relações entre: Patrimônio, cidadania e participação.
O professor iniciou a aula com o seguinte conceito de Educação Patrimonial: “Implementação de ações educativas de investigação, apropriação e valorização do patrimônio Cultural”. Logo em seguida cita uma das funções da Educação Patrimonial que é: “Envolver a comunidade na preservação e gerenciamento do patrimônio, podendo até transformá-lo. Buscando agentes e não pacientes”.
Neste contexto o professor colocou a Educação Patrimonial como parte do planejamento turístico para que nós futuros turismólogos imaginássemos como seria nosso trabalho de campo. Primeiramente seria necessária uma alfabetização cultural, ou seja, entender como funciona o processo. Os agentes precisam entender, que o patrimônio só existe se for construído uma história individual ou coletiva, ou seja, precisa ser usado e não somente preservado. È importante lembrar que a ação educativa não tem a função de criar regras, a liberdade é importante para que o indivíduo se aproprie dos patrimônios, seja ele material ou imaterial. Os patrimônios precisam ser vividos, ganhar vida, este é o foco da ação patrimonial.

O turismólogo deve instigar os moradores a contar suas histórias, não importa quem está certo ou errado, o importante é aproximar os indivíduos dos patrimônios. Para se pensar o turismo cultural, é necessário pensar onde entra o papel do turista, o que queremos que ele; identifique, valorize e preserve?
Durante a aula o professor inseriu o termo “cidadania” no contexto da preservação e pertencimento do indivíduo em relação ao patrimônio, abordando seu conceito mais amplo e menos tradicional. Afirmar cidadania é “Afirmar pertencimento à uma cidade”, e como a cidade vive em constante mudança podemos concluir que afirmar cidadania é portanto “Afirmar o comprometimento com a mudança, ser agente e participar”"
Neste contexto o professor colocou a Educação Patrimonial como parte do planejamento turístico para que nós futuros turismólogos imaginássemos como seria nosso trabalho de campo. Primeiramente seria necessária uma alfabetização cultural, ou seja, entender como funciona o processo. Os agentes precisam entender, que o patrimônio só existe se for construído uma história individual ou coletiva, ou seja, precisa ser usado e não somente preservado. È importante lembrar que a ação educativa não tem a função de criar regras, a liberdade é importante para que o indivíduo se aproprie dos patrimônios, seja ele material ou imaterial. Os patrimônios precisam ser vividos, ganhar vida, este é o foco da ação patrimonial.
O turismólogo deve instigar os moradores a contar suas histórias, não importa quem está certo ou errado, o importante é aproximar os indivíduos dos patrimônios. Para se pensar o turismo cultural, é necessário pensar onde entra o papel do turista, o que queremos que ele; identifique, valorize e preserve? Como será o contato da comunidade com os turistas?

Palavra Chave:
Cidadania
Durante a aula o professor inseriu o termo “cidadania” no contexto da preservação e pertencimento do indivíduo em relação ao patrimônio, abordando seu conceito mais amplo e menos tradicional. Afirmar cidadania é “Afirmar pertencimento à uma cidade”, e como a cidade vive em constante mudança podemos concluir que afirmar cidadania é portanto “Afirmar o comprometimento com a mudança, ser agente e participar”
Pautado neste conceito como podemos garantir o direito a cidadania? Sobretudo no Brasil, onde os direitos básicos de cidadão não são garantidos à maioria da população? Cabe a nós; revermos nossas relações enquanto cidadãos, o que estamos produzindo enquanto agentes e cobrarmos das instituições governamentais e escolas a resgatarem a importância das tradições e patrimônio.
Pautado neste conceito como podemos garantir o direito a cidadania? Sobretudo no Brasil, onde os direitos básicos de cidadão não são garantidos à maioria da população? Cabe a nós; revermos nossas relações enquanto cidadãos, o que estamos produzindo enquanto agentes e cobrarmos das instituições governamentais e escolas a resgatarem a importância das tradições e patrimônio.

Links:
http://www.cies.iscte.pt/projectos/ficha.jsp?pkid=2
http://www.unisantos.br/pos/revistapatrimonio/artigos.php?cod=117
http://www.sei.ba.gov.br/publicacoes/publicacoes_sei
http://institucional.turismo.gov.br/portalmtur/opencms/institucional/noticias/arquivos/preservacao_patrimonio_cultural_tema_palestras_forum_mundial_turismo.html
http://www.desti-nations.net/conteudo-pt-br/news/release.2004-12-16.2437820400

Matérias:
http://holococos.sjdr.com.br/index.php/2006/11/quando-educao-guia-o-turismo/
http://www.revista.iphan.gov.br/materia.php?id=130
http://www.revista.iphan.gov.br/materia.php?id=134
http://www.revista.iphan.gov.br/materia.php?id=131

[doc-m] silvia b [namorado]

A aula de Educação Patrimonial e o Turismo do dia 28 de setembro foi iniciada com o conceito de educação patrimonial. O conceito foi dado a partir da fusão do significado da expressão para a autora H. Arendt e para o professor. É a implementação de ações educativas para a população, onde educar é agir no mundo, e este agir remete a uma idéia de intervenção política. O homem, sujeito passivo, se torna um homem agente, onde ele impulsiona as mudanças, através de uma investigação, uma apropriação e uma valorização do patrimônio cultural. Este patrimônio só irá tornar patrimônio a partir do momento que possuir um valor reconhecido por um grupo de pessoas.
Em seguida, houve uma discussão sobre preservação com um novo conceito, visando uma nova identidade. Para isso, foi necessário relembrar algumas palavras chave de aulas passada, como sonho e bilboquê. O Fred quer nos apresentar uma forma de preservação que foge do senso comum e dos livros didáticos estudados no colégio. Devemos passar a ter um senso mais crítico, a conhecer o discurso oficial e também poder colocar as próprias experiências e valores. É isto que pode ser chamado de ser um homem agente.
O tempo todo o professor enfatiza a importância da vivência, como é fundamental que o patrimônio de um determinado local tenha significado para aquela população, como por exemplo, as pirâmides do Egito. Todo mundo conhece seu valor histórico, sua função, mas para os egípcios ela possui um significado ainda maior do que para nós. Ainda a partir desse exemplo, a discussão se ampliou e foi citado o livro do José Saramago, “Intermitências da Morte”. O livro retrata a história de uma cidade onde a morte entrou de greve, ninguém mais morre, tudo começa a viver, nada acaba. O livro foi citado para o Fred relacionar essa idéia a de um museu, onde ocorre um empobrecimento da experiência. Para criar o museu, os objetos expostos são selecionados por uma pessoa que nem sempre vai expor algo que sensibilize o visitante e que retrate o verdadeiro significado daquela peça no passado. Para exemplificar sua opinião, o professor citou o caso da exposição que ele mais gostou até hoje, em um museu do Rio de Janeiro. Eram muitas obras guardadas no porão, mas que não eram expostas. Com isso, o funcionário do museu resolveu estabelecer um critério inusitado e diferente para seleção das obras, que não fosse cronológico, nem espacial e muito menos baseado em livros de história. Esse critério foi colocar somente peças que contivessem a cor vermelha, independente do que fossem ou significasse.
Após a polêmica discussão referente à restauração, preservação do patrimônio, onde foi discutido se deve ou não conservar e restaurar o patrimônio, o professor nos explicou que a restauração só deve existir caso haja uma aliança entre o poder público, o poder privado e a população, e que estes vejam algum significado, importância e que faça parte da história do local. Caso isso não ocorra, o mais correto a fazer é criar uma nova identidade, dar uma nova vida ao antigo monumento, pois assim terá sido criado algo diferente, algo que realmente vai se tornar importante e com significado para todos.
Durante a aula foram passados os objetivos da Educação Patrimonial, mostrando que a melhor maneira de educar as pessoas em relação ao patrimônio é apresentar o patrimônio, conscientizar as pessoas de sua importância, preservar e dar a noção que aquele bem é publico, ou seja, de todos. Essa discussão sobre preservação é muito ampla e polêmica, pois existe uma grande divergência de opiniões e de interesses entre a comunidade, o turista e o turismólogo.
A educação patrimonial é um exercício lento e que deve começar desde a infância. É necessário fazer com que a comunidade participe desse processo, pois na maioria das vezes é imposto ou decidido apenas por uma minoria.
E para encerrar a aula, foi escolhida a palavra chave, “namorada”. Esta palavra foi escolhida após uma divergência de idéias entre o Fred e o Bruno, o Bruno que trabalha com educação patrimonial tem uma concepção em relação ao resgate da identidade, a restauração e preservação totalmente diferente daquela que o professor está tentando nos passar. Após algumas tentativas de convencer o Bruno “cabeça dura”, o Fred expôs um exemplo fora do turismo e que fosse mais próximo ao Bruno. Ele questionou o Bruno se ele vivia o namoro com sua atual namorada, através das experiências já vividas no passado com suas ex-namoradas. Apesar de inusitada e surpreendente, a palavra foi completamente adequada para o momento e para a discussão, pois a partir daí o conceito ficou mais claro para nós.
Essa discussão torna-se bem mais clara e fácil de ser entendida quando a separamos da atividade turística, pois ainda vemos esta questão a partir do nosso ponto de vista de turismólogos.

[doc-m] pamela [namorado]

[doc-m] mariana assis [namorado]

Ele começa a aula falando de Educação Patrimonial e cita uma autora que se chama Hannah Arendt( que será falado no texto)
No dia 28/09/2007 a aula foi iniciada com a materia de Educação Patrimonial relacionando com o que é Educação Patrimonioal, educar, educação, apropriação e valorização, patrimonio cultural, turismo cultura e preservação.
“O princípio básico da Educação Patrimonial é a experiência direta dos bens e fenômenos culturais, para se chegar à sua compreensão e valorização, num processo contínuo de descoberta. “A realização de inúmeras oficinas de treinamento de professores na prática da metodologia proposta promoveu a disseminação do método e das experiências, enriquecida pela contribuição de cada agente educacional em seus diferentes contextos.” (Maria de Lourdes Parreiras Horta)
Foi discutida varias vezes o que é Educação Patrimonial comenta-se tambem sobre a crise patrimonial, onde Bejamin fala que precisamos acordar o ser humano. Não e padronizar precisamos construir a propria história, onde ele volta no começo das aulas falando de sonho com a palavra chave dessa aula biboque. Onde o Fred pega um gancho em em educação e diz que a ação esta voltada para o mundo.
Num instante da aula tambem há uma discussão sobre padronização x educação .o professor faz um comentrio onde:
-Até onde vale a pena preservar os monumentos, obras, etc...
Por exemplo a tumba faz parte do imaginario (patrimonio da humanidade) o que esta em jogo é o uso (experiencia, pois até isso muitas pessoas nem sabiam que existiam.
Foi usada no meio da aula varias vezes a palavra namorada que vem do verbo namorar que pela nossa lingua portuguesa tem o significado de atrair, seduzir; desejar muito, cobiçar, olhar com enlevo. Onde o professor e o Bruno Rímulo às vezes não se entendiam, pois o Bruno tem uma visão que se tem que preservar para as pessoas poderem ter a essência porque senão não vai ter graça enquanto o professor já pensa que se não tiver o lugar mais que se tenha outro valor ou outras experiências sejam passadas no mesmo lugar às vezes tem muito mais importância do que um lugar preservado ou restaurado.
Um exemplo que o Fred deu em sala foi que o caminho não é um monumento histórico mais sim uma nova vivencia.
Houve uma polemica na sala também quando o Bruno Paiva coloca a questão do carro de boi em Matutina / MG com a expressão “Reviver o passado”,onde a Grazi coloca que é totalmente contraditório a expressão, pois uma coisa que já passou não tem como você vivenciar igual como foi.O Bruno Paiva já acha que relembrar a historia dos carros de boi é bom para a população e os turistas mas a Grazi coloca um ponto em questão que talvez nem os carros de boi são chamados assim hoje e que temos que tomar cuidado com isso porque talvez nem as pessoas que carregam esses carros querem que os chamem assim mas o Bruno responde que ainda sim os carros são chamados assim.
O professor também citou um livro de José Saramago nascido na aldeia ribatejana de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922, embora o registro oficial mencione o dia 18. Seus pais emigraram para Lisboa quando ele ainda não perfizera três anos de idade. Toda a sua vida tem decorrido na capital, embora até ao princípio da idade madura tivessem sido numerosas e às vezes prolongadas as suas estadas na aldeia natal. Fez estudos secundários (liceal e técnico) que não continuar por dificuldades econômicas
ele escreveu “Intermitências da morte” que foi um livro publicado em 2005. Sua frase inicial "No dia seguinte ninguém morreu" é ponto de partida para ampla divagação sobre a vida, a morte, o amor e o sentido, ou a falta dele, da nossa existência.
Fiel ao seu estilo e ainda mais sarcástico e irônico, Saramago vai além de reflexões existenciais, fazendo uma dura crítica a sociedade moderna (o país da obra é fictício) ao relatar as reações da Igreja, do Governo, do Clero, dos repórteres, dos filósofos, dos economistas, das funerárias, casas de pensão, hospitais, seguradoras, das famílias com um moribundo em casa, da máphia, etc.

biografia
Hannah Arendt (Linden14 de outubro de 1906 — Nova Iorque 1975) foi uma teórica política alemã,muitas vezes descrita como filosofa apesar de ter recusado essa designação.Nascida numa rica e antiga família judia de Linden, Hanôver, fez os seus estudos universitários de teologia e filosofia em Konigsberg (a cidade natal de Kant, hoje Kaliningrado). Arendt estudou filosofia com Martin Heidegger na Universidade de Marburgo, relacionando-se passional e intelectualmente com ele. Posteriormente Arendt foi estudar em Heidelberg, tendo escrito na respectiva universidade uma tese de doutoramento sobre a experiência do amor na obra de Santo Agostinho, sob a orientação do filósofo existencialista Karl Jaspers.Trabalhou nos Estados Unidos em diversas editoras e organizações judaicas, tendo escrito para o "
Weekly Aufbau". Em 1963 é contratada como professora da Universidade de Chicago onde ensina até 1967, ano em que se muda para a New School for Social Research, instituição onde se manterá até à sua morte em 1975.
O trabalho filosófico de Hannah Arendt abarca temas como a
política, a autoridade, o totalitarismo, a educação, a condição laboral, a violência, e a condição de mulher.

links

http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2003/ep/pgm1.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/As_Intermit%C3%AAncias_da_Morte
http://www.caleida.pt/saramago/biografia.html
http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx

[doc-m] carolina motta [namorado]

sábado, 6 de outubro de 2007

[doc-n] viviane [presentificação]

Na aula foi abordado discussão sobre a noção de monumento e de monumento histórico, no qual Françoise Choay, no livro Alegoria do Patrimônio trata a noção de monumento e de patrimônio históricos, na sua relação com a história, a memória e o tempo.
O monumento tem sua origem espaço-temporal, logos todos são considerados por nós como monumento histórico, porém omitem outro significado primeiro do mesmo que é trazer a memória, tudo o que faz lembrar ou recordar, os mesmos fazem parte de alguma história que faz tocar a sua emoção.
Não importa que o monumento represente para sociedade, como monumento histórico: obeliscos, arcos e outros apenas exercem uma função de oficializar um marco, criar uma história vivida pela aquela cidade. Os monumentos falam por si mesmo que é objeto histórico e acolhem inscrições para criar uma advertência para pensar no que você esta olhando, trazendo a tona uma lembrança corporal que já nem se lembra mais, seja de sentimentos da infância ou adolescência dentre outros. O que é importante é a concepção do tempo linear no qual a história em progresso tornar-se presentificada.
O monumento tem papel de fazer excitar e emocionar cada um e tornar presente em cada situação individualmente.

Reportagens
http://www.editoramulheres.com.br/intro20.htm
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u12557.shtml
http://musica.uol.com.br/ultnot/2006/03/27/ult89u6374.jhtm
http://www.sampaonline.com.br/reportagens/14bis2006nov12reinauguracao.htm
http://portalamazonia.globo.com/noticias.php?idN=56046&idLingua=1

Links

http://www.revistaturismo.com/artigos/vivencia.html
http://forumpermanente.incubadora.fapesp.br/portal/.rede/numero/rev-NumeroOito/oitosantiago
http://www.revistaturismo.com.br/Ecoturismo/fortes.htm
http://www.proximodestino.com.br/index.php?option=com_noticias&task=view&id=224&tipo=artigo
http://www.comciencia.br/reportagens/memoria/02.shtml

[doc-n] léia [presentificação]

A aula de 24/09, ministrada pelo professor Frederico, teve como tema monumentos e monumentos históricos. Os monumentos são de primordial importância para nós, pois, serve para nos advertir, lembrar de alguma coisa, toca pela emoção é uma concepção não-linear do tempo, o que interessa é uma historia que está sendo feita que vá trazer de volta lembranças presentificada. Os monumentos históricos têm um valor ideológico que interessa como uma sensibilidade artística para contar uma história linear do tempo, conservação incondicional, um objeto que carrega a possibilidade de tocar uma emoção.
Neste contexto, pode se dizer que o patrimônio são materiais e práticas culturais que, ao serem contempladas despertam a reflexão, está ligado ao cenário urbano e as manifestações populares que segundo Françoise Choay se relaciona mais diretamente com a vida de todos, através de fatos históricos memoráveis de temporalidade passada.
Ao construir a história trouxe uma advertência para chamar atenção das coisas. No século XV e XVI, na fase do renascimento, iluminismo, a razão começa a explicar as coisas e a religião deixa de ser a única explicação, começa então, a buscar as teorias para explicação do mundo, ciências, biologia, medicina, etc. No século XVII, a vida é desconhecida, o conhecimento de tudo é pela razão. Reúne o objeto com uma história que deve ser contada através de uma história oficial. No século XVIII, explica o que acontece em determinado edifício através da história, tudo que acontece ali e contado através de livro de história. São inventados os museus, faculdades e escola em geral onde vão ensinar através de livros a história.
Hoje, o patrimônio tem como objetivo uma experiência do novo, busca converter dados históricos em testemunhos que atestam nossas histórias passadas, sendo assim, o patrimônio pode ser entendido como um processo e apresentação de histórias e lugares históricos sem ser história ou a partir da construção da história. Neste sentido pode não existir a história, mas uma história inventada, é o ponto de vista, é a visão mais a imaginação, produção de uma nova cultura, lacuna entre o passado e o presente e finalmente a vivência.
O turismo está fortemente ligado à experiência do novo, da vivência e neste contexto a educação patrimonial está ligada a narração, aos afetos da comunidade que deve ser envolvida como responsável e preservacionista do patrimônio histórico, onde se deve buscar o que marcou o passado dessa comunidade para ser contado no presente. Reconhecer, envolver, identificar e preservar levando em conta a visão e a imaginação para construir uma nova história.
Conceito Chave: Presentificação
Segundo o dicionário kinghost presentificacao no sentido da filosofia. É o ato pelo qual um objeto se torna presente sob a forma de imagem. / Psicologia. Característica do tempo vivido, sentida como presente e integrada como tal na memória.
Presentificação, de acordo com que vimos em sala de aula no que diz respeito a monumento é a desaceleração e remissão, o que interessa é uma história que está sendo feita que traga presentificada de volta uma lembrança. É um objeto, uma vivência que nos fazem vibrarem com o presente é uma sensibilidade artística.

Noticias
http://www.cultura.gov.br/noticias/noticias_do_minc/index.php?p=29721&more=1&c=1&pb=1
http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2007/09/27/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=31454/em_noticia_interna.shtml
http://www.aenoticias.pr.gov.br/modules/news/article.php?storyid=30200
http://www.cultura.gov.br/noticias/noticias_do_minc/index.php?p=26138&more=1&c=1&pb=1
http://www.otempo.com.br/otempo/colunas/?IdColunaEdicao=3686&busca=patrimonio+cultural&busca=patrimonio+cultural
Ouro Preto Hoje é comemorado o Dia do Patrimônio cultural. Aproveitando a data, a Associação Amigos da Cultura de Ouro Branco (AACOB), com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais, por meio do Fundo Estadual de Cultura (FEC), realiza, das 9h às 18h, em Ouro Preto, o 5º Encontro de Conselhos do Patrimônio Cultural. O objetivo é orientar os presidentes das Câmaras de Vereadores de 26 cidades mineiras sobre como auxiliar na preservação do patrimônio.
Publicado em: 16/08/2007

Sites
http://www.centrodacidade.com.br/cultura/Textos/monpaco.htm
http://www.antropologia.com.ar/congreso2002/ponencias/carlos_tranquilli_pellegrino.htm
http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp007.asp
http://www.redebrasil.tv.br/salto/boletins2003/ep/tetxt3.htm
http://www.estacaoliberdade.com.br/releases/alegoria.htm

[doc-n] ana luíza [presentificação]

Na aula foi discutido o conceito e característica de monumento e monumento histórico. E segundo a Wikipédia, a enciclopédia livre “Um monumento é uma estrutura construída por motivos simbólicos e/ou comemorativos, mais do que para uma utilização de ordem funcional. Os monumentos são geralmente construídos com o duplo objetivo de comemorar um acontecimento importante, ou homenagear uma figura ilustre, e, simultaneamente, criar um objeto artístico que melhorará o aspecto de uma cidade ou local”.
Um monumento tem as características de advertir e lembrar de algo que aconteceu no passado. Ele carrega a possibilidade do tocar pela emoção e faz parte da vida de uma pessoa. Pois traz uma lembrança do passado, como por exemplo, uma foto ou um tipo de prato gastronômico que passou por gerações.
No século XVIII e com a cientifização o monumento relevante vai ter sua história contada em livros, ou seja, vai existir uma historia oficial do monumento contada em livros, ele não vai ser um elemento material.
O monumento é considerado um objeto unico que não é retirado do contexto, é restaurado e ainda causa desaceleração e remissão.
Já o monumento histórico é caracterizado por ser uma noção de historia já vivida, ou seja, tem valor ideológico. Para ele não interessa a lembrança da historia, é transformado em ponto de referencia. E ainda tem concepção liner do tempo e com isso é dirigido a sensibilidade artística.
Conceito chave:
presentificação
O termo presentificação é um ato em que um objeto se torna presente na forma de imagem. Tem a característica do tempo vivido, ou seja, é sentida como presente e integrada como na memória. E ainda é considerado como um obra que coloca preponderância na relação com o espaço físico acontecendo no momento presente e acentuado com a experiência de sua duração.

Biografia

Françoise Choay
Françoise Choay, nascida em 1925, é
historiadora das teorias e formas urbanas e arquitetônicas e professora de urbanismo, arte e arquitetura na Université de Paris VIII.
Cursou
filosofia antes de se tornar crítica de arte. Nos anos 50 colaborou nas revistas L'Observateur, L'Œil e Art de France. Nos anos 60 dirigiu a seção parisiense da Art international. Da década de 70 até hoje, publicou diversos estudos sobre arquitetura e urbanismo. Dirigiu a coleção Espacements nas Éditions du Seuil.
Obras
A Regra e o Modelo. (La Règle et le Modèle). ed. Perspectiva
Alegoria do Patrimônio. ed. Estação Liberdade
O Urbanismo. ed. Perspectiva'

Noticias
http://www.cultura.gov.br/noticias/noticias_do_minc/index.php?p=24113&more=1&c=1&pb=1
http://www.cultura.gov.br/noticias/noticias_do_minc/index.php?p=24037&more=1&c=1&pb=1
http://www.vivaocentro.org.br/noticias/arquivo/111006_a_infonline.htm
http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/noticias/ult338u4887.shtml
http://www.gospelmais.com.br/noticias/888/prefeitura-de-paranaiba-constroi-monumento-a-biblia.html

Sites
http://www.redebrasil.tv.br/salto/boletins2003/ep/tetxt3.htm
http://www.revistamuseu.com.br/legislacao/patrimonio/veneza.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento
http://www.monumentoaoemigrante.com.br/
http://www.vitruvius.com.br/resenhas/textos/resenha141.asp

[doc-n] elói [cidadania]

Na aula do dia 01 de outubro, o professor Fred explicou a conceito da Educação Patrimonial, tendo como referência o texto “Agir no mundo” o autor H. Adent e “Homem Sujeito” de P. Freire, que caracteriza a implementação de ações educativas de investigação, apropriação e valorização ao patrimônio cultural. Com o conteúdo dado nas aulas anteriores, foi possível um maior entendimento do tema. A educação patrimonial busca envolver a comunidade na gestão de um patrimônio, mas não só para mostrar e contar a história daquele lugar, e sim na gestão do mesmo, ou seja, na conservação, preservação, valorização e transformação. Assim, é preciso da participação da comunidade para com aquele patrimônio como um gestor, e não só como um participante. A implementação das ações educativas trata-se de umas das etapas em busca da educação patrimonial, onde é uma educação que busca com que o individuo deixe de ser somente mais um individuo na sociedade e o transforme em um “sujeito ativo”. A educação patrimonial busca que o sujeito tenha uma ação no mundo, que o mesmo seja um a agente e não um paciente nessa transformação, assim também para que o patrimônio seja parte da sua história. Essa educação não é para somente alfabetizar , e sim para que o individuo não se adeqüe ao mundo, e sim que ele adeqüe o mundo a sua própria vivência, que ele não aceite o mundo como ele é, e sim aja sobre ele. Mas a idéia de agir não é somente preservar, mas também de transformar. Mas essa ação não visa ensinar a história do patrimônio, e sim o individuo fazer relação da sua história com aquele patrimônio.
É preciso que a comunidade seja uma agente daquele patrimônio, pois se ela só saber da história do lugar e não participar da gestão do mesmo, ela nunca assimilará a vivência do patrimônio, sempre será um patrimônio fora da realidade daquele individuo, assim nunca irá fazer parte da vida dele. A educação patrimonial deprede que o individuo tenha uma história com o patrimônio. É preciso que essa história não seja uma camisa de força, que a história não acabe quando passar aquela época histórica, e sim que se valorize a história própria do individuo com aquele patrimônio.
Na investigação podemos associar com a idéia de apropriação do individuo com o patrimônio. Essa apropriação está relacionada com a ação do homem para construir uma história que começou no passado, passará pelo presente e continuará no futuro. Em relação a essa participação da comunidade, podemos relacionar com a cidadania exercida pelo individuo. Afirmar uma cidadania é fazer com que o individuo aja sobe o mundo. E é isso que a educação patrimonial visa, que o individuo tenha sua própria história com o patrimônio, além de agir sobre o mundo, assim se tornar um homem sujeito. A cidadania é exercida também por nós profissionais do turismo, onde participando das ações, valorizando, preservando o patrimônio de um determinado local, automaticamente estamos fazendo parte daquela comunidade, pois se trata de um ciclo de total envolvimento com a comunidade, onde terá grande parte de responsabilidade das decisões e resultados sobre o local.
O caso a se pensar é o que o turista vai identificar e valorizar naquele local, é preciso que ele tenha uma vivência naquele local. Que o turista possa saber mais sobre aquele lugar, sobre as pessoas que lá habitam, e não só sobre as histórias que estão escritas nos livros, e sim as histórias da comunidade, e até fazer sua própria história naquele local. Ao invés de apenas tirar fotos, como fazem a maioria dos turistas.

Conceito-Chave: Cidadania
A origem da palavra cidadania vem do latim “civitas”, que quer dizer cidade. A palavra cidadania foi usada na Roma antiga para indicar a situação política de uma pessoa e os direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer. Segundo Dalmo Dallari:
“A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”.
(DALLARI, Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p.14)

Notícias
http://cidadania.terra.com.br/interna/0,,OI779393-EI1231,00.html
http://www.cidadaodomundo.org/?p=806
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=14240
http://www.odebate.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=5736&Itemid=23
http://www.ma.gov.br/turismo/noticias.php?Id=8669

Links
http://www.dhnet.org.br/direitos/sos/textos/oque_e_cidadania.html
http://www.webciencia.com/18_cidadania.htm
http://www.advogado.adv.br/estudantesdireito/fadipa/marcossilviodesantana/cidadania.htm
http://www.mundodosfilosofos.com.br/vanderlei7.htm
http://mecsrv04.mec.gov.br/seif/eticaecidadania/index.html

[doc-n] luiz [presentificação]

A aula traçou um panorama entre monumento e monumento histórico, conceituando e lançando uma ampla reflexão acerca do processo de formação, desenvolvimento e constituição de um monumento seja ele histórico ou não.
Lançar o olhar e estabelecer uma relação do monumento com o monumento histórico é de crucial importância para a preparação de uma discussão acerca da educação e conscientização patrimonial. Sendo, portanto elemento indispensável para o estudo do futuro profissional de turismo, que vislumbre atuar na área de planejamento e educação patrimonial.

Monumento e monumento histórico
Inicialmente algumas questões devem ser pontuadas, proporcionando assim o esclarecimento com relação às diferenças no processo de formação de um monumento e monumento histórico.
O monumento não é um objeto mais sim um meio, o mesmo sempre toca a emoção e remete a uma lembrança única e indivisível, não interessa a historia formal, ele só representa o que efetivamente é. O monumento tem a capacidade de vibrar como se fosse presente, o objeto não significa nada, o que de fato interessa são as lembranças que este desperta e que estavam totalmente perdidas no imaginário do indivíduo que com ele se relaciona.
Basicamente o monumento provoca a emissão de uma lembrança e sua relação com o meio ocorre de forma gradativa, justamente por permitir inscrições e ser efetivamente, constituído ou construído todos os dias, permitindo dessa forma a interação objeto – indivíduo. Pode-se através dessa análise dizer que a relação do monumento com o tempo é linear.

Diferença entre monumento e monumento histórico

Monumento
Acolhe inscrições

Advertir, lembrar
Não sensibiliza

Não apresenta, traz a tona
Vibrar como se fosse presente
O monumento é um meio

Valor real
Adapta-se conforme as necessidades

Monumento Histórico
Não permite Inscrições (cultura do envidraçamento)
Não remete a nada concreto
Toca pela emoção
Apenas apresenta
Dirige a sensibilidade artística e não histórica
O monumento é o fim
Valor ideológico
Constituído a posteriori
Concepção linear de tempo

É importante salientar que o monumento histórico surge a partir do século XVIII, pois é nesse período que aparece na Europa um movimento pautado pelo raciocínio e interpretação lógica e racional de todos os elementos integrantes da vida humana e consequentemente do mundo.
David Hume, uma das figuras mais importantes do chamado
iluminismo escocês, retratado por Allan Ramsey (1713-1784) em 1766. Edimburgo, Scottish National Portrait Gallery.
Fonte: Wikipédia.

O que no período do feudalismo encontrava explicação na religião agora era explicado pelo prisma da lógica e da racionalidade. A esse movimento, ou melhor, frente ideológica, se deu o nome Iluminismo. Abarcado nessa “revolução” do pensamento lógico, nasceu a HISTÓRIA, a cientificação, bem como novas formas de construção do passado, através da utilização de imagens e da arqueologia.
Frontispício da
Encyclopédie (1772), desenhado por Charles-Nicolas Cochin e gravado por Bonaventure-Louis Prévost. Esta obra está carregada de simbolismo: a figura do centro representa a verdade – rodeada por luz intensa (o símbolo central do iluminismo). Duas outras figuras à direita, a razão e a filosofia, estão a retirar o manto sobre a verdade.
Fonte: Wikipédia

Com isso surgem as ciências (explicação lógica de todos os aspectos da vida) e aparece então a geografia, física, química, matemática, medicina e historia, porém todos esses temas foram racionalizados e desmembrados buscando responder todas as perguntas que outrora eram respondidas através da religião e fé.
Esse processo desencadeia um movimento de esvaziamento da historia das coisas, a historia do cotidiano não precisa ser contada, pois já existe uma História oficial, que se da através do conhecimento de tudo pela razão. Não é mais necessário saber a história e muito menos viver um edifício, pois existem livros que contam a historia desses edifícios.
O monumento só existe porque é vivido, “a arquitetura só se justifica onde há vida”. Quando um monumento e “elevado” a categoria de histórico, o mesmo transforma-se, em decorrência desse processo, em um objeto, frio, sem vida, transparente. E esse processo afeta drasticamente a população local e sua sensibilidade para com o monumento histórico em questão.
Porém todo processo de transformação do monumento em objeto (monumento histórico) com o passar do tempo, e se aceito pela população, pode ser elevado novamente à categoria de um monumento. O mesmo pode ocorrer em relação aos monumentos que já surgem como sendo Históricos. Porem é certo que em ambas as situações isso é muito difícil que aconteça, e em grande medida porque os monumentos históricos não acolhem inscrições e acima de tudo, eles nascem para afirmar algo e não para serem vividos.
Os monumentos históricos são elementos de uma historia de caos, uma historia que foi transformada em objeto. O individuo não quer saber da ruína como um espaço para ser vivenciado, mas sim para reconstruir o passado. E dentro desse processo a cidade (monumentos históricos) é como um livro velho, guardado na estante e que não é utilizado por ninguém.
Qual então será a saída para desapertar o sentimento de pertencimento do individuo em relação a esse objeto sem vida (monumento historico)? Será que esses objetos estão fadados a serem reduzidos a marcos ou pontos de referencias, como ocorre com grande parte de tais objetos?
Uma das alternativas é a criação de eventos, no sentido de proporcionar o contato entre o individuo – objeto, possibilitando assim a vida. Acarretando também, através desses eventos um sentimento de estranhamento, já que o único objetivo da arte é causar o estranhamento, a repulsa e a reflexão. Caso contrário o contato entre o turista, comunidade e objeto não transmitirá nenhum tipo de conhecimento.
Tipo de evento proposto pelo artista Christo e Jeanne-Claude
Fonte:
http://imagecache2.allposters.com/images/pic/AWI/NR16565-Christo~Over-the-River-from-Underneath-Posters.jpg
Porém antes de construir algum tipo de evento deve-se saber o que o outro quer falar (comunidade) e preservar o que para essa comunidade faz sentido. É fundamental pensar a historia como algo a ser continuamente construído sendo que sua interpretação não é um movimento de distanciamento mais sim um movimento a fim de dar um passo e se colocar no local. A interpretação deve e pode ser realizada em conjunto, comunidade – turistas, para assim gerar o entendimento. Por fim cabe salientar que quando algo se perde algo novo surge, e que o afeto é que está em jogo quando o assunto é a preservação.

Conceito chave: Presentificação – Viver o objeto (monumento histórico) de forma a que o contato proporcione a rememoração de algo. Que traga a tona às emoções de outrora, tornando reais e presentes sonhos e sensações.

Biografia
Christo
(Artista norte-americano de origem búlgara), 13-6-1935, Gabrovo
Este artista conceitual é conhecido internacionalmente por suas espetaculares encenações, que consistem em embalar edifícios e acidentes naturais (por exemplo, Wrapped Coast, 1972, cobertura de um trecho de costa com 1,5 quilômetro de extensão em Little Bay, próximo de Sydney; The Pont Neuf Wrapped, 1985, "embalagem" de uma ponte em Paris). Um de seus projetos que despertaram maior sensação foi o "empacotamento", em 1995, durante duas semanas, do edifício do Reichstag (Parlamento) em Berlim, projeto que Christo já ambicionava há 22 anos e causou grande controvérsia (The Wrapped Reichstag, com um custo de 15 milhões de marcos). Em suas monumentais obras de arte, que planifica e realiza conjuntamente com sua esposa Jeanne-Claude, Christo reúne finalidade, forma e conteúdo, que são evidenciados pela cobertura. Seu objetivo é estimular o desenvolvimento de uma nova consciência da realidade e da história.
Fonte:
http://www.wdr.de/themen/kultur/2/christo_arkansas_projekt/_img/christo_zeichnung_400q.jpg

Dicas de filme

Paris, Te Amo
Sinopse: Coletânea de 21 curtas, de 5 minutos cada e de autoria de diferentes diretores, sobre a cidade de Paris.
Cartaz do filme Paris, Te Amo
Fonte:
http://www.adorocinema.com/filmes/paris-eu-te-amo/paris-eu-te-amo.asp

Notícias
http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2007/07/05/296644434.asp
http://veja.abril.uol.com.br/idade/exclusivo/150502/p_067.html
http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/noticias/ult338u303764.shtml
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/09/14/materia.2007-09-14.5792436694/view
http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2007/08/04/297113247.asp

Links
http://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento
http://www.wdr.de/themen/kultur/2/christo_arkansas_projekt/_img/christo_zeichnung_400q.jpg
http://www.adorocinema.com/filmes/paris-eu-te-amo/paris-eu-te-amo.asp
http://imagecache2.allposters.com/images/pic/AWI/NR16565-Christo~Over-the-River-from-Underneath-Posters.jpg
http://www.discoverybrasil.com/egito/monumento/index.shtml