segunda-feira, 24 de setembro de 2007

[doc-m] joão paulo [vinho]

Tradição, para alguns. Popularização, padronização para outros. Processos produtivos, tradição, paixão, o Velho e o Novo, em um documentário. O contraste entre a tradição e a tecnologia. A partir de ângulos diferentes são discutidos o terroir e o vinho de laboratório. A massificação ou popularização dos vinhos.
A Obra de Joh
natan Nossiter mostra o papel dos formadores de opinião no mundo dos vinhos, Robert Parker e James Suckling. Para eles processos como a micro-oxigenação, a madeira utilizada nos tonéis, a maceração pelicular são elementos que fazem toda a diferença no processo produtivo de um bom vinho.
Percebe-se ainda durante o filme um evidente poder da França em se tratando de vinhos de alto padrão de qualidade com relação ao restante da Europa, Estados Unidos e América do Sul. As regiões de Bordeaux, Pirineus, na França, famosas por produzirem vinhos famosos são a todo momento exibidas com relatos de pequenos produtores e críticos como Parker.
A nostalgia da produção artesanal é lembrada a todo momento, após comentários dos grandes críticos, sempre aparece um velhinho vestido com um agasalho vermelho responsável por comentários interessantes. Entre eles: “Vinhos dão muito trabalho e problemas. Os vinhos perderam sua identidade pois as pessas perderam a paciência.” Outro comentário ao se referir aos grandes produtores: “não quero saber de bons vinhos. Quero 1 milhão de garrafas, todas iguais.”
O filme discute os sabores evidenciando que um vinho de qualidade deve apresentar o sabor longo diferentemente de um vinho inferior que apresenta sabor curto. Neste contexto são discutidos vários fatores que podem fazer com que o sabor do vinho se torne curto ou longo como a terra, colheita entre outros.
Diante da polemica levantada durante o filme pode-se dizer que os grandes produtores estão preocupados com a massificação do consumo dos vinhos, o que fará com que seus lucros aumentem ainda mais. Em um futuro próximo teremos os principais vinhos produzidos por meio de processos automatizados em diferentes regiões mas com sabores idênticos, um vinho será como um refrigerante. Outra discussão levantada durante o filme é a respeito de Robert Parker e suas manias estranhas como a quantidade de cães e sua falta de higiene em seu escritório, diante desta situação fica a pergunta: como pode um ser como esse se tornar o mais respeitado critico de vinhos do mundo?
Ao fim do filme começamos a imaginar o que é necessário para que o vinho brasileiro figure entre os principais vinhos do mundo.

Johnathan Nossiter

Americano nasceu em 12/11/1961 na cidade de Washington. A paixão pelo cinema fez com que Nossiter trabalhasse no teatro como diretor assistente. Com esta função trabalhou nas cidades de Nova York e Londres. Em 1987 Dirigiu o filme “ a atração fatal”. Paralelamente ao seu gosto pelo cinema Nossiter desenvolveu sua paixão pelos vinhos. Quando havia tempo disponível Nossiter trabalhava como Sommelier em alguns restaurantes.

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