segunda-feira, 1 de outubro de 2007

[doc-m] aline [performance]

A aula do dia 21 de setembro de 2007 teve como referência a autora Françoise Choay “A Alegoria do Patrimônio” que retratou de forma geral a relação em que o olhar sobre as relações com os artefatos construídos traça uma linha alegórica e evolutiva, dos tempos medievais até a segunda metade do século XX, que clarifica um projeto iniciado com a representatividade dos monumentos - a princípio chamados de antigüidades - e que prossegue estimulando o sentimento de patrimônio e, finalmente, a noção de patrimônio histórico. Esta evolução reconhece um primeiro estágio de ligação afetiva com as obras e um segundo momento em que a distância histórica permite gerar uma abordagem cuidadosa, criteriosa e deliberada de valorização do patrimônio. É através da experiência no decorrer do tempo que uma linhagem de intelectuais, eruditos e colecionadores, amantes da arte, antiquários, ilustrados, historiadores da arte e arquitetos investigam o tema e ensaiam o trabalho sobre os bens patrimoniais.
Segundo o Professor Fred existem duas noções em que o patrimônio vai se basear. A primeira noção é a de monumento, uma construção que vem junto com o fazer. Moldando no momento do acontecimento. O monumento vividamente serve para advertir ou lembrar sobre determinado fato. Lembrando de todo o contexto onde tudo aconteceu numa dimensão de invenção e não de cópia fiel. Um valor depois que o monumento foi construído.
O monumento vibra como se fosse o presente. Tem um lugar, acontecimento, escreve – pensa, reinventa, vibrando na mesma sensação.
Walter Benjamin chama de reminiscência porque traz de volta uma sensação que combate uma angústia de aniquilamento. Sensação vaga de alguma coisa, que um acontecimento te traz.
È monumento que recusa e acolhe inscrições.
Formam ciclos, rituais.
Como exemplo as ruas da Idade Média em que algum tipo de sensação é produzido.
O monumento não é só prédio em si, mas a relação social que se dá ali.
Através dos filmes relativos ao séc. XII, pode se perceber que não tem leis que protegem o patrimônio sendo, portanto acontecimentos que acolhem inscrições, fazendo vibrar no presente. A partir do séc. XVII há a construção de uma razão diferenciada. A razão que vai transformar escrita em documentação, mapas, relatos de viagens
A praça de São Pedro tem toda uma simbologia vivida, se tornando um objeto a ser historiografado, se tornando um monumento histórico.
X Valor Estudo
Retirando a espressão vivida no monumento se torna objeto a ser estudado.
O monumento histórico é o que é escrito.
A Igreja acolhe inscrições? A rachadura de uma igreja significa a própria igreja acolhendo a inscrição do tempo.
Se a experiência passa por um relato pessoal.
O relato é um tipo de experiência que abre uma possibilidade de relação como o patrimônio que parecia perdido.
O relato e o patrimônio são duas formas diferentes.
É a partir do séc XIX que o monumento é construído independente de uma história ou não acontecendo ali.
No exemplo de uma pintura dada em sala, o artista desenha, projeta inclusive o tempo do monumento. Desenha a vida já no edifício.
Constituição pelo olhar dos atribuidores de valor. Construção ideológica que o dono do museu dá a obra. Quem vende mais, vale mais. O monumento histórico vai existir a partir de um órgão oficial. Discurso oficial que vem da arte, arquitetura, que se dirige a uma sensibilidade artística.
O monumento hoje vai existir onde a população vai dar um valor para ele.
O monumento histórico é de uma conservação incondicional para que quando se vê uma foto, lê ao ir ao lugar a pessoa possa viver a sensação.
O professor comentou sobre um conto de ação interpretativa que envolve a comunidade em relação dialógica com seu passado, presente e suas metas para o futuro. Além de inventariar e documentar um patrimônio, é necessário tocá-lo, ser visível e palpável ao habitante e ao visitante, ou seja, torná-lo público e após tudo isso, gerenciá-lo de forma equilibrada e sustentável.
A comunidade não é uma coisa que existe anterior, e o patrimônio tem que ser usado para construir um afeto. Nessa passagem o professor citou como o exemplo o pirulito da praça 7.
O conceito chave escolhido foi “performance” escolhido através do clipe Praise You – Spike Jonze. Fat boy Slim. O clipe é um monumento de três minutos. Mostra um grupo que através de uma performance dá um novo uso para um lugar onde normalmente acontece a fila do cinema.

Palavra Chave: Performance
Segundo a definição da Internet é uma expressão artística de unidade variável que consiste em produzir determinados eventos por meio de gestos e ações sem contar qualquer história.
Segundo a enciclopédia Itaú Cultural é uma forma de arte que combina elementos do teatro, das artes visuais e da música. Nesse sentido, a performance liga-se ao
happening (os dois termos aparecem em diversas ocasiões como sinônimos), sendo que neste o espectador participa da cena proposta pelo artista, enquanto na performance, de modo geral, não há participação do público. A performance deve ser compreendida a partir dos desenvolvimentos da arte pop, do minimalismo e da arte conceitual, que tomam a cena artística nas décadas de 1960 e 1970. A arte contemporânea, põe em cheque os enquadramentos sociais e artísticos do modernismo, abrindo-se a experiências culturais díspares. Nesse contexto, instalações, happenings e performances são amplamente realizados, sinalizando um certo espírito das novas orientações da arte: as tentativas de dirigir a criação artística às coisas do mundo, à natureza e à realidade urbana. Cada vez mais as obras articulam diferentes modalidades de arte - dança, música, pintura, teatro, escultura, literatura etc. - desafiando as classificações habituais e colocando em questão a própria definição de arte. As relações entre arte e vida cotidiana, assim como o rompimento das barreiras entre arte e não-arte constituem preocupações centrais para a performance (e para parte considerável das vertentes contemporâneas, por exemplo arte ambiente, arte pública, arte processual, arte conceitual, land art, etc.), o que permite flagrar sua filiação às experiências realizadas pelos surrealistas e sobretudo pelos dadaístas.
As performances conhecem inflexões distintas no interior do grupo
Fluxus. As exibições organizadas por Georges Maciunas (1931-1978), entre 1961 e 1963, dão uma projeção inédita a essa nova forma de arte. Os experimentos de Nam June Paik (1932), assim como os de John Cage (1912-1992) - por exemplo, Theather Piece # 1, 1952 -, que associam performance, música, vídeo e televisão, estão comprometidos com a exploração de sons e ruídos tirados do cotidiano, desenhando claramente o projeto do Fluxus de romper as barreiras entre arte/não-arte. O nome de Joseph Beuys (1921-1986) liga-se também ao grupo e à realização de performances - nome que ele recusava, preferindo o termo "ação" - que se particularizam pelas conexões que estabelecem com um universo mitológico, mágico e espiritual.
Trabalhos muito diferentes entre si, realizados entre 1960 e 1970, aparecem descritos como performances, o que chama a atenção para as dificuldades de delimitar os contornos específicos dessa modalidade de arte. Por exemplo, em contexto anglo-saxão, Gilbert & George (Gilbert Proesch, 1943, e George Passmore, 1942) conferem novo caráter às performances utilizando-se do conceito de escultura viva e da fotografia que pretende rivalizar com a pintura. Uma ênfase maior no aspecto ritualístico da performance é o objetivo das intervenções do grupo de Viena, o Actionismus, que reúne Rudolf Schwarzkogler (1941-1969), Günther Brüs (1938), Herman Nitsch (1938) e outros. Um diálogo mais decidido entre performance e a
body art pode ser observado em trabalhos de Bruce Nauman (1941), Schwarzkogler e Vito Acconci (1940). As performances de Acconci são emblemáticas dessa junção: em Trappings (1971), por exemplo, o artista leva horas vestindo o seu pênis com roupas de bonecas e conversando com ele. Em Seedbed (1970), masturba-se ininterruptamente.
No Brasil,
Flávio de Carvalho (1899-1973), foi um pioneiro nas performances a partir de meados dos anos de 1950 (por exemplo a relatada no livro Experiência nº 2). O Grupo Rex, criado em São Paulo por Wesley Duke Lee (1931), Nelson Leirner (1932), Carlos Fajardo (1941), José Resende (1945), Frederico Nasser (1945), entre outros, realiza uma série de happenings, por exemplo, o concebido por Wesley Duke Lee, em 1963 no João Sebastião Bar (alguns críticos apontam parentescos entre o Grupo Rex e o movimento Fluxus). A produção de Hélio Oiticica (1937-1980) dos anos de 1960 - por exemplo os Parangolé - guardam relação com a performance, por sua ênfase na execução e no "comportamento-corpo", como define o artista. Nos anos 1970, chama a atenção as propostas de Hudinilson Jr. (1957). Na década seguinte, devemos mencionar as Eletro performances, espetáculos multimídia concebidos por Guto Lacaz (1948).

Sites
http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal
http://antivalor.vilabol.uol.com.br/textos/frankfurt/benjamin/benjamin_02.htm
http://www.wbenjamin.org/walterbenjamin.html
www.cultura.mg.gov.br
www.cultura.gov.br
www.iepha.mg.gov.br
http://www.ihgb.org.br/noticiario.php?n=00203&s=0
http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3646

Links de Notícias
http://noticias.correioweb.com.br/materias.php?id=2718440&sub=Distrito
http://jn.sapo.pt/2007/08/23/cultura/preservacaode_monumentos_discussao.html
http://www.acessasp.sp.gov.br/html/modules/news/article.php?storyid=209
http://www.vivaocentro.org.br/noticias/arquivo/050707_a_infonline.htm
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL58888-5603,00.html

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