sexta-feira, 24 de agosto de 2007

[doc-m] fernanda frechiani [biboquê]

Podemos perceber que o passado torna-se o padrão para se pensar hoje, remetendo a questão dos Índios, eles tinham uma relação bela com a natureza, não destruía, era uma época consideravelmente boa. Com base neste passado, usamos como modelo a idéia de uma vida tranqüila e bela.
Para entendermos melhor, lembra a questão da evolução para o homossexualismo. No século XVIII e XIX, as pessoas não tinham coragem de falar diretamente o que elas sentiam, de expressar o amor, então elas escreviam cartas e diários. Já no início do século XX, em Berlim, havia muita jogatina, alta inflação, e em meio a tantos acontecimentos, as pessoas achavam que a cidade iria acabar, foi aí que começaram a gozar da liberalidade do homossexualismo. Nos anos 60, começam a aparecer mulheres mais liberais, com sentimentos mais explícitos. A partir daí, uma nova cultura começa a se estabelecer, com escolas de samba GLS, o turismo com o segmento de GLS.
Considerando tal evolução, ainda não temos como saber de que forma esta mudança acontece e como realmente era antes, por mais que existam livros e fotos, não conseguimos escrever o passado de uma forma completa. Um exemplo disso é a história da Avenida Antônio Carlos, que por mais que busquemos informações, ainda ficará uma coisa incompleta, com dados que não temos acesso, partindo então para o imaginário, ou seja, buscando completar esta carência de informações através da imaginação.
Entramos então em uma questão polêmica, sendo “toda história inventada”, ou seja, ela não pára nesse passado, não existe uma imagem que é igual para todos, tornando-se uma construção manipulada, “um esforço de construção”.
Na realidade, um passado inventado é uma construção de poder, percebemos isso no mês de dezembro, época do natal, comemora-se o nascimento de Jesus, com trocas de presentes, aumentando o volume das vendas, levantando assim, um ponto em questão: mas Jesus não nasceu em março?
Temos que analisar o que é realmente oficializado como passado, um exemplo disso é o museu, mas isso não significa que não exista outra história, entendendo assim, que existem histórias que são oficiais e outras não.
Considerando assim que toda história é inventada, e se você mudasse o guia turístico? Talvez o turista fosse aproveitar mais a viagem, ele não seria induzido a visitar tais lugares citados no guia, ou seja, viveria a experiência do destino a ser visitado.
O interessante é a relação que o turista tem com a comunidade, e não a história e o objeto em si, pois tem que haver uma conversa, uma história contada.
Concluí-se então, que se deve produzir uma nova cultura, através da comunicação de massa estabelecer uma cultura, pois as pessoas experimentam os espaços de formas diferentes. Por mais que tentamos voltar ao passado, não significa que consigamos as informações com precisão. Nesta tentativa de retroceder, altera-se o sistema cultural e político, não sendo uma operação simples, por exemplo, vestir uma roupa de 1920, não significa que você conseguiu viver o passado.
“Nadamos no passado como o peixe na água, e não podemos fugir disso”. Hobsbawn

Conceito chave: Mentira

Em meio a tantos questionamentos, deparamos com informações que não temos uma verdade única, são visões diferentes, ou melhor, invenções diferentes. Já que toda história é inventada, não podemos acreditar em todos os fatos, considerando muitos, como uma mentira.


links

http://portal1.pbh.gov.br/pbh/pgESEARCH_CENTRO.html?paramIdCont=11468
http://www.ufmg.br/boletim/bol1537/sexta.shtml
http://www.planetaeventos.com/Turismo/turismo_gls.htm
http://www.hojeemdia.com.br/hoje.cgi?funcao=L&codigo=6000&data=0207&anopesq=2005
http://www.overmundo.com.br/guia/museu-historico-abilio-barreto-2
Infância:
http://www.faced.ufu.br/colubhe06/anais/arquivos/76SandroSilvaCordeiro_MariaPintoCoelho.pdf
Patrimônio:
http://www.cafecomletras.com.br/admv3/UPLOAD/image/LetrasdoCafe08.pdf
Reportagens:
http://www.revista.iphan.gov.br/materia.php?id=55
http://www.revista.iphan.gov.br/materia.php?id=123
http://www.cidadeshistoricas.art.br/saoluis/sl_arq_p.php
http://www.cidadeshistoricas.art.br/hac/especiais/esp_isfa_p.php
http://www.youtube.com/watch?v=VndIOAw2TNo
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=160

Dica de filme: “Além do desejo”
SinopseCharlotte (Trine Dyrholm) é uma mulher de 32 anos que, após encerrar um longo namoro, muda-se de apartamento. Ela leva uma nova vida, saindo com alguns homens, mas sem buscar algo sério. Seu novo vizinho é o transexual Veronica (David Dencik), que mora apenas com seu cão em um bagunçado apartamento. Verônica assiste sempre as novelas na TV e gosta de se maquiar e depilar as pernas e rosto. Um dia Charlotte precisa de ajuda para mudar sua cama de lugar e, em busca de alguém que possa ajudá-la, conhece Verônica. Esta situação e ainda um assalto que acontece acabam por aproximá-los, fazendo nascer uma forte amizade.

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